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Como estão os clubes da ponta do Brasileirão na matemática da Libertadores

"O Brasileirão é uma maratona de regularidade", afirma Tristão Garcia

23/09/2014 - 04h01min

Atualizada em: 23/09/2014 - 04h01min


Alexandre Ernst
Alexandre Ernst
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É a matemática quem decreta e a tabela quem confirma: a semana do Brasileirão é de obrigação para o Inter e de oportunidade para o Grêmio.

Com dois jogos no Beira-Rio, o time de Abel Braga não pode pensar em outro resultado que não os seis pontos diante de Criciúma e Coritiba. Do outro lado, os comandados de Luiz Felipe Scolari têm a missão de manter a média de pontos conquistada nas últimas rodadas para seguir sonhando com uma vaga entre os clubes que disputarão a Copa Libertadores na próxima temporada.

- A lógica é manter a média de dois pontos por jogo. Quando tu te afasta desta média, até 1,5, tua realidade passa a ser a classificação para Libertadores. O Brasileirão é uma maratona de regularidade - explica o matemático Tristão Garcia.

O cálculo da estabilidade no Brasileirão é simples: a cada seis pontos disputados, seu time tem de marcar quatro. Tristão Garcia usa a média dos últimos seis jogos para resumir o momento vivido por cada um dos primeiros colocados do campeonato. O Grêmio lidera a conta, com 2,33 pontos de média ou 14 pontos conquistados em 18 disputados.

O Cruzeiro, por exemplo, cravou apenas 1,67 pontos. Por conta da boa arrancada no início da competição - e obviamente, da regularidade -, os mineiros podem se dar ao luxo de deslizar no meio do torneio. Mas tem de arcar com as consequências quando os números beneficiarem os rivais que estão abaixo na tabela.

- O Grêmio tem duas oportunidades de fazer a diferença, de crescer na tabela, e fazer a média de seus concorrentes despencar ainda mais. O Inter só tem obrigação. Matematicamente, os pontos conquistados não são para ele. Pode subir na tabela? Claro. Mas a partir do tropeço de outros - explica Tristão.

Entre os adversários diretos no Brasileirão, a secação dos torcedores do Inter está no Atlético-MG. É o clube que se manteve estável na análise matemática, com 1,83 ponto na meia dúzia de jogos que teve até o último domingo. O detalhe: apesar de ter empatado com o Grêmio no Independência, venceu Goiás e Cruzeiro fora de casa. O que significa, na calculadora, seis pontos.

- Perder em casa é um desastre. O time derrotado em casa não recupera pontos se vencer uma fora. Matematicamente, você tem de vencer duas fora para poder respirar novamente - avalia Tristão.

A matemática da Libertadores


Cruzeiro

O que diz Tristão Garcia: "O Cruzeiro já não é o líder que deixa o campeonato sem graça. A derrota do final de semana melhorou o campeonato."


São Paulo

O que diz Tristão Garcia: "Vinha em uma crescente, venceu o Cruzeiro, estava em uma ascendente. Não aproveitou o melhor momento."


Inter

O que diz Tristão Garcia: "Foi uma semana boa, ainda não representa a excelência para a regularidade no campeonato."


Corinthians

O que diz Tristão Garcia: "Se mantém no G-4 há 20 rodadas. Não teve uma tabela inicial tão boa. Produziu bastante na linha matemática da competição."


Grêmio

O que diz Tristão Garcia: "Tem de captar vitórias fora. Será a diferença. Dentro de casa, empatar uma e encer outra, matematicamente, não é bom."


Atlético-MG

O que diz Tristão Garcia: "Vem que é um relógio. A média dos últimos seis jogos se mantém estável."


Fluminense

O que diz Tristão Garcia: "Média de rebaixamento nos últimos jogos. Perdeu o fôlego, tem a obrigação de ganhar em casa e duas vezes mais fora."


*ZH Esportes


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