Paralisação
Funcionários bloqueiam centro de operações dos Correios na Capital
Categoria não concorda com a oferta dos Correios de reposição da inflação de 6,5% e cobram cobram aumento real de 8%
Funcionários dos Correios montaram nesta quinta-feira um piquete em frente ao centro de operações postais, na Avenida Sertório, zona norte de Porto Alegre, após a decisão de entrar em greve, aprovada em assembleia na noite de quarta-feira. Dezenas de caminhões estão impedidos de entrar e de sair do local.
O Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect RS) está, a partir deste quinta, em greve por tempo indeterminado. A categoria não concorda com a oferta dos Correios de reposição da inflação de 6,5%. Os trabalhadores cobram aumento real (acima da inflação) de 8% e compensação de perdas históricas calculadas pelo sindicato em 11,9%. Também reivindicam reajuste no vale-alimentação, melhorias nas condições de trabalho e contratação de funcionários por meio de concurso público.
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Às 14h, os trabalhadores devem realizar nova assembleia para avaliar a mobilização. A paralisação não atinge funcionários de Santa Maria, Uruguaiana, Santo Ângelo e região das Missões, Santa Rosa e Panambi, representados por outra entidade, que aceitou a proposta da estatal.
Acordo nacional pode encerrar movimento
Conforme o sindicato, até o final da assembleia de ontem, servidores dos Estados do Rio de Janeiro e de Tocantins também haviam aprovado greve. No Paraná, os trabalhadores decretaram estado de greve, mas não devem paralisar as atividades. A categoria tem 34 sindicatos no país. Caso 18 deles aceitem a proposta dos Correios, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares assina um acordo geral e as paralisações devem se encerrar. Em janeiro, os funcionários dos Correios haviam entrado em greve, reivindicando a manutenção do atual plano de saúde da categoria, o Correios Saúde.
PRESTE ATENÇÃO
Como proceder durante a greve dos Correios
- Dependendo do nível de adesão à greve, as correspondências poderão sofrer atraso.
- Consumidores devem ficar atentos para não atrasar o pagamento de contas. De acordo o com o Procon, a paralisação dos correios não isenta o consumidor de pagar as contas até a data do vencimento.
- Caso costume receber contas neste período do mês, é recomendável contatar fornecedores de produtos e serviços para saber o valor e como pagar.