Eleições
Marina diz que aceita o PT de Suplicy em seu governo, se eleita
Candidata à Presidência pelo PSB discursou para eleitores em comício na Capital
Em comício na noite desta terça-feira na Casa do Gaúcho, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, fez críticas fortes à adversária e presidente, Dilma Rousseff (PT). Ao mesmo tempo, acenou com a possibilidade de contar com o PT em seu governo, caso seja eleita.
Marina diz que sofre ataques selvagens de Aécio e Dilma
Leia todas as notícias sobre as Eleições 2014
- É bem-vindo o PMDB de Pedro Simon e Sartori. Mas não é bem-vindo o PMDB de Sarney e Renan Calheiros. Quero que o PDT que venha nos ajudar seja simbolizado em Cristóvão Buarque, que o PT que venha nos ajudar esteja simbolizado em Eduardo Suplicy - disse.
A candidata abriu seu discurso agradecendo a presença do público pela festa que lotou a Casa do Gaúcho e fez questão de citar um trecho do Hino Riograndense:
- Vou sair daqui com uma imagem muito bonita, e vou dizer nos outros Estados, que sirvam essas façanhas de modelo a todo Brasil.
Cena Eleitoral: por que o RS está na rota dos presidenciáveis
Marina voltou a fazer críticas ao atual governo e disse que Dilma irá "entregar o país pior do que encontrou". A ex-senadora citou ainda denúncias de fraude na Petrobras, prometeu acabar com a corrupção e a sugeriu a criação de um "comitê de busca" para indicar a diretoria da estatal.
O comício também teve a presença de José Ivo Sartori, candidato ao Piratini pelo PMDB, o senador Pedro Simon (PMDB), que busca a reeleição, e Beto Albuquerque, vice na chapa de Marina. Sartori, fez um discurso defendendo a alternância de poder e afirmou, em referência a possibilidade de reeleição de Dilma Rousseff, que "12 anos do mesmo, é muito perigoso e não serve para a história do nosso país". Ele também condenou os ataques que Marina vem recebendo de seus adversários, e comparou as demais candidaturas a ditadura.
- A ditadura não é muito diferente daqueles que querem subjugar o povo debaixo do seu garrão - disse.
Sartori aproveitou ainda para atacar diretamente o atual governador e candidato à reeleição, Tarso Genro (PT).
- Aceitei ser candidato para tirar o Tarso do governo do Rio Grande do Sul. Me sinto motivado e preparado para governar o Estado. Me deem a oportunidade de chegar ao segundo turno que sei como ganhar a eleição - pediu.
Em seguida, Beto Albuquerque assumiu a palavra e convocou o público a entoar o Hino Riograndense. Ele criticou o problema da dívida pública com a União.
- O Brasil, tempos atrás, renegociou a sua dívida, devia R$ 20 bilhões. Nós já pagamos R$ 27 bilhões. E hoje devemos R$ 50 bilhões. O povo não aguenta mais o assalto do governo federal - afirmou Beto.
Ele ainda prometeu alterações no pacto federativo e no fator previdenciário:
- Vamos aumentar a participação dos prefeitos e Estados no bolo nacional. Vamos rediscutir o fator previdenciário. Não temos ainda a fórmula definitiva, mas não vamos assistir calados a injustiça que os brasileiros sofrem com essa medida - afirmou.