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Poucas pistas

Polícia investiga o mistério de ossada encontrada em mala no Guaíba

Pescador encontrou crânio com perfuração na nuca na noite de quinta-feira

19/09/2014 - 12h14min

Atualizada em: 19/09/2014 - 12h14min


Anderson Bandeira / Arquivo Pessoal
Mala foi encontrada na noite de quinta-feira

O mistério: uma grande mala preta com rodinhas boiando nas águas do Guaíba encontrada por um pescador na noite desta quinta-feira.

As pistas: um crânio com perfuração de bala na nuca e a saída do projétil nos ossos da face; restos de tecido humano e uma calça de moletom preta e azul.

A tarefa dos agentes da Delegacia da Polícia Civil de Guaíba agora é tentar transformar um mistério que intriga a imaginação popular na história de um crime.

- Vamos depender do resultado das perícias e outras informações para esclarecer o caso - comenta a delegada Sabrina Doris Teixeira, responsável pela investigação.

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A noite de quinta-feira jamais será esquecida pelos envolvidos no caso da mala no Guaíba. Um jovem pescador encontrou a mala nas proximidades da Ilha da Pólvora. Ele a arrastou até a margem e olhou para dentro da mala deteriorada pela água. Conforme relato que fez ao soldado Anderson Ferreira Bandeira, do Corpo de Bombeiros, o pescador levou um grande susto.

- Ele ligou e nós fomos até o local - lembrou Bandeira.

Não havia documentos com os despojos dentro da mala. A perfuração no crânio sugere que houve uma execução, e a maneira como os óssos estavam dispostos dentro da mala indica que o corpo pode ter sido esquartejado. Na análise, os técnicos do IGP vão estabelecer o sexo da vítima, a idade e a provável data da morte, assim como a causa. Com as informações em mãos, os agentes da polícia devem vasculhar, primeiro na Região Metropolitana, depois em todas cidades que vizinhas dos rios que alimentam o Guaíba, as ocorrências de pessoas desaparecidas.

Usar malas para transportar vítimas é prática recorrente na história policial do Brasil. Em maio passado, o zelador Jezi Lopes de Souza, 63 anos, foi morto em um prédio em São Paulo e levado a Praia Grande, no litoral paulista, dentro de uma mala. O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, 47 anos, e sua mulher, a advogada Ieda da Silva Martins, 42 anos, foram indiciados pelo crime.

*Zero Hora


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