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Paralisação

Servidores dos Correios mantêm greve no Rio Grande do Sul

Mobilização foi reafirmada em assembleia na tarde desta quinta-feira. Categoria não concorda com a oferta de reposição da inflação de 6,5% e cobram cobram aumento real de 8%

18/09/2014 - 21h47min

Atualizada em: 18/09/2014 - 21h47min


Carlos Ismael Moreira
Carlos Ismael Moreira
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Camila Hermes / Especial
Servidores em greve montaram piquete em frente ao centro de operações postais dos Correios, na Avenida Sertório

Funcionários dos Correios decidiram em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira manter a greve por tempo indeterminado no Estado. A paralisação foi aprovada na quarta-feira, por servidores filiados ao Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect RS).

Pela manhã, os grevistas montaram um piquete em frente ao centro de operações postais, na Avenida Sertório, zona norte de Porto Alegre. Dezenas de caminhões foram impedidos de entrar e de sair do local. No início da tarde, contudo, os Correios conseguiram na Justiça um interdito proibitório para garantir a passagem dos veículos - decisão acatada pelos manifestantes.

A categoria não concorda com a oferta dos Correios de reposição da inflação de 6,5%. Os trabalhadores cobram aumento real (acima da inflação) de 8% e compensação de perdas históricas calculadas pelo sindicato em 11,9%. Também reivindicam reajuste no vale-alimentação, melhorias nas condições de trabalho e contratação de funcionários por meio de concurso público.

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Está marcada para as 14h desta sexta-feira uma nova assembleia para avaliar a mobilização estadual e nacional. A paralisação não atinge funcionários de Santa Maria, Uruguaiana, Santo Ângelo e região das Missões, Santa Rosa e Panambi, representados por outra entidade, que aceitou a proposta da estatal.

Acordo nacional pode encerrar movimento

Conforme o Sintect RS, servidores dos Estados do Rio de Janeiro, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Roraima e Sergipe também entraram em greve. No Paraná, Amazonas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina e em dois sindicatos de São Paulo (a capital paulista tem três), os trabalhadores decretaram estado de greve, mas não devem paralisar as atividades. Outros 18 sindicatos aprovaram a oferta dos Correios.

A categoria tem 34 sindicatos no país. Mediador das negociações, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já havia recomendado à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) a assinatura de um acordo para encerrar as paralisações, caso 18 entidades aceitassem a proposta da estatal. 

Ainda não existe confirmação oficial, mas a tendência é de que a Fentect assine o acordo, que precisará ser aprovado em assembleia geral, e, a partir daí, inicie as tratativas com os Estados grevistas quanto à reposição ou desconto dos dias parados.

Em janeiro, os funcionários dos Correios haviam entrado em greve, reivindicando a manutenção do atual plano de saúde da categoria, o Correios Saúde.

PRESTE ATENÇÃO

Como proceder durante a greve dos Correios

- Dependendo do nível de adesão à greve, as correspondências poderão sofrer atraso.

- Consumidores devem ficar atentos para não atrasar o pagamento de contas. De acordo o com o Procon, a paralisação dos correios não isenta o consumidor de pagar as contas até a data do vencimento.

- Caso costume receber contas neste período do mês, é recomendável contatar fornecedores de produtos e serviços para saber o valor e como pagar.


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