O Banrisul anunciou que está encerrando as negociações com os grevistas e entrou com um pedido de dissídio econômico na Justiça para solucionar o impasse com os servidores. Na segunda-feira, 24 bases sindicais rejeitaram a proposta do Banco e decidiram por manter a paralisação por tempo indeterminado.

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Até o meio da tarde, 14 sindicatos haviam entrado em acordo com a direção e devem voltar ao trabalho ainda nesta terça-feira. As bases sindicais em que o serviço deve ser restabelecido são Alegrete, Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen, Guaporé, Ijuí, Nova Prata, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel, São Luiz Gonzaga, Soledade e Vale do Paranhana.

A proposta do banco foi feita após reunião mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT), na sexta-feira, e oferece um reajuste salarial de 8,5%, de 9% para os pisos da categoria, de 12,2% para o vale-refeição, e de 8,5% para a 13ª cesta-alimentação (benefício pago junto ao 13º salário).

O banco ainda oferece índice de 1,8% do lucro líquido para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e um cronograma para elaboração do plano de carreira, que havia sido retirado da proposta anterior para o Acordo Coletivo de Trabalho. Esses benefícios serão pagos exclusivamente para os trabalhadores das treze bases sindicais que aprovaram a proposta.

Everton Gimenis, presidente do SindBancários, que congrega profissionais de Porto Alegre e da Região Metropolitana, disse que a categoria não aceita o ajuizamento do dissídio. Para ele, a questão deve ser decidida entre as partes, e não por um juiz.

Os funcionários do banco estadual são os únicos ainda paralisados no Rio Grande do Sul. Os trabalhadores do Banco do Brasil aceitaram proposta anterior e reabriram as agências na quarta-feira passada. Os funcionários da Caixa Econômica Federal e dos bancos privados da Capital já haviam decidido pelo fim da paralisação no início da semana passada.

*Zero Hora