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Atenção aos viajantes

Estado dissemina plano de ação para enfrentar o ebola

Porto Alegre, Rio Grande e fronteira seca são os pontos de maior atenção

23/10/2014 - 15h34min

Atualizada em: 23/10/2014 - 15h34min


Bárbara Barros / Secretaria Estadual de Saúde
Marilina Bercini, coordenadora do plano de contingência, apresentou dados do plano de ação e enfrentamento do vírus ebola

A Secretaria Estadual da Saúde reuniu nesta quinta-feira mais de 100 técnicos das vigilâncias regionais e municípios prioritários no primeiro encontro organizado para disseminar informações sobre o plano de enfrentamento e prevenção ao vírus ebola, que já causou mais de 4,5 mil mortes na África Ocidental.

A atenção maior foi em relação às cidades que são os principais pontos de entrada de viajantes: Porto Alegre, por conta do Aeroporto Internacional Salgado Filho, Rio Grande, por causa do porto, e cidades da chamada fronteira seca: São Borja, Jaguarão, Santana do Livramento e Chuí.

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Também participaram da atividade técnicos das cidades com mais de 100 mil habitantes, como Caxias do Sul e Pelotas. O principal objetivo é saber como identificar casos suspeitos e o que fazer após essa detecção.

- Se tem anormalidade clínica no avião, o comandante já aciona a torre de comando do aeroporto, que avisa o posto da Anvisa. A aeronave já desce numa área remota e se verifica se é realmente um caso suspeito. Se é alguém apresentando os sintomas, proveniente de Guiné, Libéria ou Serra Leoa, vai ser isolado até dentro do avião e transportado para o hospital estadual de referência, o Conceição, ou para o Rio de Janeiro - afirma Marilina Bercini, responsável técnica da secretaria pelo plano de contingência no Estado.

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Além disso, quem entrou em contato imediato com um caso suspeito será acompanhado por 21 dias para evitar a transmissão autóctone, isto é, dentro do Brasil. Há, ainda, a hipótese de a pessoa entrar no país ou no Estado no período de incubação e desencadear a doença depois. Por isso, o profissional de saúde tem que estar atento para solicitar esse histórico de viagem.

- Isso requer uma predação de todas as unidades de saúde, sobretudo pronto-atendimentos, UPAs e emergências de hospitais. O nosso problema é Guiné, Libéria e Serra Leoa, e não a África como um todo. É importante não entrar em pânico por qualquer febre vinda da África.

O plano de ação é composto por detecção precoce, isolamento, transporte seguro, transferência de pacientes e avaliação de comunicantes, isto é, acompanhar quem teve contato com casos suspeitos, por 21 dias.

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No primeiro local de atendimento, os equipamentos de proteção são máscaras, luvas, avental, gorro e óculos. Já no transporte, feito pelo Samu, e no Hospital Conceição, há materiais específicos de proteção, como um macacão especial, uso de duas luvas, botas, cobre-botas e um protetor facial, de acrílico, que vai sobre a máscara e os óculos, em formato semelhante a uma máscara de solda.

O Hospital Conceição, segundo Marilina, tem dois quartos de isolamento, quantidade que pode ser ampliada, se necessário.

- Concentramos esforços. Por isso, temos apenas um hospital de referência no Estado. Veja bem os cuidados todos que temos que ter em termos de biossegurança. É um grau de segurança muito elevado, precisa de equipamentos que normalmente não são usado. Não adianta dispersar e não garantir as condições de biossegurança aos nossos profissionais de saúde - explica a técnica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS).


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