Economia



Puxado pelos alimentos

IGP-M sobe para 0,28% em outubro, diz FGV

Índice calculado pela Fundação Getulio Vargas registra a inflação nos preços de matérias-primas, bens e serviços

30/10/2014 - 12h14min

Atualizada em: 30/10/2014 - 12h14min


O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu de 0,20% em setembro para 0,28% em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. O resultado do IGP-M deste mês ficou acima do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que iam de 0,10% a 0,25%.

Entre os três indicadores que compõem o Índice Geral de Preços do Mercado, o Índice de Preços por Atacado - Mercado (IPA-M) saiu de avanço de 0,13% em setembro para alta de 0,23% em outubro. Na mesma base de comparação, o Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M) saiu de alta de 0,42% para 0,46%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) acelerou de 0,16% para 0,20%, na margem. A variação acumulada do IGP-M no ano é de 2,05%, e de 2,96, nos últimos 12 meses até outubro.

Leia as últimas notícias de economia
Leia as últimas notícias de Zero Hora

Alimentação puxou preço ao consumidor no IGP-M

A principal contribuição para a aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo alimentação. De setembro para outubro, o IPC acelerou de alta de 0,42% para 0,46%. No mesmo período, o indicador de alimentação saiu de 0,40% para 0,63%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legumes (de -6,85% para 2,36%).

Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras três classes de despesas. O grupo vestuário passou de queda de 0,11% em setembro para alta de 0,75% em outubro, com contribuição do item roupas (de -0,11% para 0,69%). Em comunicação, que saiu de avanço de 0,29% para elevação de 0,69%, a principal influência foi tarifa de telefone residencial (de -1,85% para 0,16%). O grupo saúde e cuidados pessoais passou de 0,50% para 0,58%, com contribuição de artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,43% para 0,67%).

Por outro lado, três classes de despesas apresentaram decréscimo nas taxas de variação. Educação, leitura e recreação saiu de 0,85% para 0,06%, sob influência de passagem aérea (de 12,49% para -7,98%). O grupo transportes recuou de 0,37% para 0,18, com forte contribuição do item gasolina (de 0,67% para 0,25%). Despesas diversas, por sua vez, passou de 0,22% para 0,16%, com destaque para o item clínica veterinária (de 1,49% para 0,48%).

O grupo habitação repetiu a taxa de variação de setembro, de 0,47%. A principal influência de alta veio do item taxa de água e esgoto residencial (de -0,51% para 0,19%) e, em sentido oposto, a maior contribuição de baixa ficou com tarifa de eletricidade residencial (de 1,44% para 0,67%).

As maiores influências de alta para o IPC na passagem de setembro para outubro foram tomate (de -18,46% para 18,63%), refeições em bares e restaurantes (de 0,44% para 0,46%), aluguel residencial (de 0,63% para 0,68%), plano e seguro de saúde (de 0,72% para 0,71%) e tarifa de telefone móvel (de 0,14% para 1,21%).

Por outro lado, a lista de maiores pressões de baixa no período é composta por passagem aérea (de 12,49% para -7,98%), tarifa de ônibus urbano (de 0,00% para -0,36%), manga (de 14,24% para -14,46%), batata-inglesa (de -13,88% para -7,32%) e ovos (de -2,09% para -4,39%).


MAIS SOBRE

Últimas Notícias