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Luto

Morre o ator Hugo Carvana

O ator, produtor e diretor de cinema recebeu troféu Oscarito em 2001

04/10/2014 - 13h26min

Atualizada em: 04/10/2014 - 13h26min


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Morreu neste sábado, 4, o cineasta e ator Hugo Carvana aos 77 anos no Rio. Ainda não há informação sobre a causa da morte. Carvana estava internado desde o último domingo (28) no Hospital Pró-cardíaco no Rio de Janeiro. Segundo o hospital, Carvana morreu por volta das 11h da manhã. A família não autorizou a veiculação de informações sobre a causa da morte.

Hugo ficou conhecido por interpretar Waldomiro Pena, nos anos 80, em "Plantão de Polícia", da TV Globo. Dirigiu os filmes "Vai Trabalhar, vagabundo", "O Homem Nu" e "A casa da mãe Joana". Seu último papel na TV foi na minissérie "O Brado Retumbante".

Segundo o seu site oficial, Carvana nasceu no dia 4 de junho de 1937. Era filho da Costureira Alice Carvana de Castro e do comandante da Marinha Clóvis Heloy de Hollanda. O texto destaca o jeito malandro e carioca da infância passada em Lins de Vasconcellos.

De 1973 a 2009, produziu e dirigiu sete filmes, sendo que nos três últimos optou apenas pela direção. Em 1973, no auge da ditadura, atuou e dirigiu a primeira comédia, Vai trabalhar vagabundo. Ironicamente, seu personagem Secundino Meireles sai da prisão, vê o sol e grita, "Bom dia, professor"! Se segura malandro, em 1978, homenageia as pessoas simples do povo e o seu amado Rio de Janeiro.

Em 1982 veio o Bar Esperança, dedicado aos amigos das mesas dos botequins, aos intelectuais da esquerda festiva. E em 1991, ressuscitou, literalmente, o personagem Secundino Meireles em Vai trabalhar vagabundo II, a volta, que se levanta do caixão em busca de um antigo amor.

O ator também foi um militante político.Depois do golpe dos militares, que assumiram o poder em 1964, Carvana começou a freqüentar as reuniões do grupo de teatro Opinião, de resistência à ditadura, encontrando uma turma politizada e descobrindo que a arte tinha uma função social. O amadurecimento o dessa participação política foi na década de 1980, quando atuou intensamente na campanha Diretas Já.

Como presidente da Fundação de Artes do Rio deJaneiro, Funarj, durante o governo Leonel Brizola, realizou projetos revolucionários, como festas populares e religiosas, promovendo animação cultural na Baixada Fluminense e interior do Estado.

Seus filmes mais recentes, todos de comédia, foram "Não se Preocupe, Nada Vai dar Certo", com Gregório Duvivier, Tarcísio Meira e Mariana Rios, e "Casa da Mãe Joana" 1 e 2, com Juliana Paes, Malu Mader e José Wilker, também morto neste ano.


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