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Pedido barrado

Polícia Civil gaúcha não poderá comprar novas armas

Aquisição de 700 pistolas foi negada pelo Exército por excesso de arsenal na corporação

24/10/2014 - 06h06min

Atualizada em: 24/10/2014 - 06h06min


Tadeu Vilani / Agencia RBS
Retirada de armamento por policiais é feita na Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos

A Polícia Civil está proibida de comprar armamento a fim de equipar os 700 agentes que estão em curso de formação para começar o trabalho a partir de 11 de dezembro. A restrição se deve à falta de autorização do Exército, organismo que controla o comércio de armas no país. Caso não obtenha licença em tempo hábil, a polícia pretende distribuir aos novos servidores pistolas e revólveres em uso por policiais como armamento reserva.

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O pedido de autorização de compra de 700 pistolas calibre .40 foi encaminhado em março, mas a polícia foi surpreendida com a negativa da solicitação. Motivo: excesso de armas registradas no Exército em nome da corporação. O número é mantido em sigilo, mas a origem do problema seria antiga. Até cerca de cinco anos, era adquirido armamento novo e não seria feito o devido encaminhamento do material obsoleto para baixa no cadastro do Exército. Assim, um número elevado de revólveres e espingardas, por exemplo, apareceria como pertencente à Polícia Civil, mas parte nem existiria mais ou estaria estragada, sem possibilidade de uso.

Para não correr o risco de deixar novos escrivães e inspetores desarmados, a Chefia de Polícia expediu um ofício determinando que todos servidores - incluindo delegados - devolvam armas excedentes. A estimativa é de que cerca de mil armas - a maioria revólveres - serão entregues à Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Dame). A ideia é dar baixa dessas armas no Exército, permitindo a compra de 700 pistolas. Se não for possível, os novos servidores receberão armamento usado temporariamente, até que a compra seja autorizada.

- São armas em perfeitas condições de uso - garante o chefe de Polícia, delegado Guilherme Wondracek.

Problema semelhante já ocorreu envolvendo parte da turma de policiais que ingressou na corporação em 2010, conforme relato de Wondracek. Tempos depois, todos receberam armas novas. O recolhimento gera polêmica nas delegacias da Capital. De um lado, policiais reclamam que necessitam de uma segunda peça como item de segurança. De outra parte, concordam com a medida do comando, sob o argumento de que policial pode comprar arma para defesa pessoal.


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