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Abuso no Gasômetro

Polícia indicia suspeitos por estupro de adolescente e pede preventiva do que está em liberdade

Um dos homens também foi indiciado por tentativa de homicídio, por ter atirado em direção aos policiais

21/10/2014 - 15h46min

Atualizada em: 21/10/2014 - 15h46min


Adriana Irion
Adriana Irion
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Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Crime aconteceu próximo ao Anfiteatro Pôr do Sol, por volta das 23h30min do dia 12 de outubro

A Polícia Civil indiciou por estupro os dois suspeitos de terem atacado uma adolescente no dia 12 de outubro, nas proximidades do Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre. Os homens foram presos em flagrante na madrugada do dia 13 de outubro e indiciados na tarde desta terça-feira.

No entendimento da polícia, as provas periciais e testemunhais indicam que os dois abusaram da adolescente, de 16 anos. Conforme o delegado Leandro Cantarelli Lisardo,  do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o laudo pericial apontou que houve o estupro.

O inquérito foi concluído na tarde desta terça-feira e já foi entregue à Justiça. A polícia ainda vai requisitar ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) um exame para confrontar o DNA dos suspeitos com o material coletado no corpo da vítima.

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Um dos suspeitos, Rodnei Alquimedes Ferreira da Silva, 56 anos, foi indiciado por estupro e tentativa de homicídio, por ter atirado em direção aos policiais no momento da prisão. Ele deve permanecer preso até o julgamento, por já ter sido condenado por roubo com tentativa de estupro.

O outro suspeito, Marlon Patrick Silva de Mello, 25 anos, foi indiciado por estupro e teve a prisão preventiva solicitada à Justiça. Ele foi solto dois dias depois de ter sido preso em flagrante, devido a uma decisão do juiz da 6ª Vara Criminal da Capital, Paulo Augusto Oliveira Irion.  A decisão judicial criou polêmica. ONGs e movimentos de proteção à mulher divulgaram nota de repúdio à ação, considerada um retrocesso.

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MP também pediu prisão preventiva de suspeito

O Ministério Público pediu na segunda-feira a prisão preventiva do suspeito de ter estuprado a adolescente que foi solto pela Justiça. O pedido foi encaminhado à 6ª Vara Criminal da Capital pela Promotoria da Infância e da Juventude. O promotor Alexandre Spizzirri interpôs um recurso em sentido estrito, que deve ser apreciado pelo mesmo juiz que liberou o suspeito. Ele poderá reformar a decisão ou encaminhar o recurso para uma Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Spizzirri recorreu da decisão da Justiça com base nos princípios da garantia da ordem pública e da conveniência da instrução criminal. No recurso, o promotor sustenta que o envolvido coloca em risco a sociedade, especialmente a vítima e as testemunhas.

- Até o momento, as perícias confirmaram a existência de vestígios de conjunção carnal e de ato libidinoso, bem como as circunstâncias negativas e a gravidade dos fatos - adiantou o promotor.

Moradores de rua ajudaram a socorrer a vítima

Foi graças a três moradores de rua que a polícia conseguiu prender os dois suspeitos de terem estuprado a adolescente. Ao ouvir os gritos da vítima, dois foram tentar socorrer a garota, enquanto o outro correu ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) para chamar a polícia. O crime aconteceu próximo ao Anfiteatro Pôr do Sol, por volta das 23h30min de domingo.

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Após o crime, a adolescente foi encaminhada ao hospital Fêmina, onde permaneceu internada até a tarde de terça-feira. Ela prestou depoimento na quinta-feira. Segundo a família, ela não lembra do crime.


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