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Caso Kiss

Saída de policial da frente da Kiss acaba em polêmica durante audiência

Comando da BM solicitou que a Justiça autorize a retirada do PM que garante segurança do prédio

02/10/2014 - 12h38min

Atualizada em: 02/10/2014 - 12h38min


O juiz Ulysses Fonseca Louzada, que conduz o processo criminal sobre o incêndio na boate Kiss, deve decidir se será mantida ou dispensada a presença de um policial militar (PM) 24 horas em frente ao prédio da casa noturna. Desde o dia 27 de janeiro de 2013, quando ocorreu a tragédia, um policial garante a segurança do local.

Ao final daaudiência das testemunhas de defesa, na manhã desta quinta-feira, o magistrado tornou público o pedido feito pela Brigada Militar. Segundo Louzada, a solicitação foi feita reiteradas vezes por telefone e duas vezes em ofício pelo comando do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon). A justificativa do comando é que, diante do reduzido número de policiais para atender a cidade e da iminência de envio de policiais para a Operação Golfinhos, no litoral, haverá ainda menos efetivo e isso comprometeria o policiamento.

O promotor Maurício Trevisan foi enfático ao defender a permanência do policial em frente ao prédio da boate enquanto o local estiver sob custódia da Justiça e houver a possibilidade de uma reconstituição. Disse ainda que é mais razoável que o comando local diga ao estadual que não poderá enviar policiais ao litoral do que dizer a Santa Maria que não pode manter o policial. O promotor argumentou também que, desguarnecido, o prédio pode ser alvo de vandalismo.

Entre os advogados de defesa a opinião foi dividida. Os advogados Omar Obregon, que defende Marcelo de Jesus dos Santos, e Gilberto Weber, que defende Luciano Bonilha Leão, foram favoráveis à liberação. Já os defensores dos ex-sócios da boate, Elissandro Spohr (Kiko) e Mauro Hoffmann, acham que o PM deve permanecer no local.


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