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Dossiê Ca-Ju: "Ainda é a nossa salvação da lavoura", diz presidente Raimundo Demore sobre as categorias de base do Ju

Clube alviverde deve reduzir a estrutura da base para as categorias de base

21/11/2014 - 17h44min

Atualizada em: 21/11/2014 - 17h44min


Maurício Reolon
Maurício Reolon
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Após o fiasco brasileiro na Copa do Mundo, foi ampliada na imprensa e até mesmo nos clubes a discussão sobre a importância da valorização das categorias de base no cenário nacional. Observar melhor, dar oportunidade aos garotos e evitar a saída deles antes mesmo que cheguem ao time profissional. No discurso, quando se pensa na elite futebol, é algo coerente. Porém, para clubes de médio porte, que teimam em manter a sua estrutura e têm nas categorias de base sua principal fonte de receita, a situação é diferente. É o caso do Juventude.

Poucos clubes no país têm uma estrutura tão forte como o time alviverde nas categorias de base. E isso não se reflete apenas em resultados nas próprias competições envolvendo os garotos, mas na intensa proporção de atletas que ganham destaque nacional e internacional e têm no currículo a passagem pelo Alfredo Jaconi.

- Não vamos deixar de colocar um atleta jovem que joga muito, ninguém é louco. É preciso observar as atitudes extracampo, de comportamento, eles têm responsabilidade nesse processo - destaca o técnico Picoli.

Além de formar jovens para o time profissional e buscar negociações, a base alviverde tem conquistado títulos expressivos. Além do título estadual sub-20 no ano passado, a equipe B garantiu no último final de semana a conquista da Copa Serrana, mesmo contra times bem mais experientes.

Atualmente, cerca de 120 atletas fazem parte das categorias sub-15, sub-17 e sub-20. Desses, 60 moram nos alojamentos do Alfredo Jaconi e recebem alimentação, hospedagem e transporte para os estudos. Se forem contabilizados os garotos das escolinhas e times de competição com idade inferior, o número sobe para quase 400 crianças e adolescentes.

Por conta disso, o valor para manutenção desta estrutura é alto. Em 2013, segundo o presidente Raimundo Demore, o gasto beirava R$ 150 mil mensais ou R$ 1,8 milhão por ano. Contabilizado o investimento total do clube, 15% são destacados para as categorias de base.

- Vamos precisar reduzir a estrutura e especialmente o gasto para o próximo ano. Não pode ser mais de R$ 100 mil por mês. Mas ainda é a nossa salvação da lavoura _ afirma Demore.

Diogo Sallaberry / Agencia RBS
Time B do Ju conquistou Copa Serrana no final de semana passado

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