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Dossiê Ca-Ju: Caxias reiniciará atividades das categorias de base em 2015

Volante e lateral Léo é um dos remanescentes da antiga base que continua no grupo principal

21/11/2014 - 17h51min

Atualizada em: 21/11/2014 - 17h51min


Maurício Reolon
Maurício Reolon
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Da mesma forma como o Juventude, o Caxias também foi um celeiro de talentos oriundos da base. Na década de 90, nomes como Washington, Delmer, Paulo Turra, Ademir, Rafael Baungarten e Luciano Almeida despontaram para o time principal e se tornaram referências da equipe. Neste período, o clube grená foi bicampeão estadual de juniores, fato que se repetiu em 2003 e 2004.

Nos últimos anos, muita coisa mudou. Apesar de uma reformulação profunda em 2010, que oportunizou o descobrimento de jovens como Edenílson e Pedro Henrique, a base não conseguiu ter a mesma força. Em 2013, na mudança de gestão após a saída de Osvaldo Voges, o clube decidiu encerrar as atividades dos times sub-17 e sub-20.

- A base que o Caxias tinha foi formada de uma maneira errada. Pela condição financeira do clube, essa base tem que ser formada com atletas aqui da região. Se você não tem a estrutura montada, não tem como sustentar uma garotada vinda toda de fora. Eram gastos R$ 200 mil mensais. Só em alimentação, o gasto era de R$ 2 mil por dia - explica o presidente Nelson Rech Filho.

Após reorganizar o clube e equilibrar as finanças, Rech quer reativar a base em 2015. Para isso, conta com o apoio de três ex-jogadores formados pela base e que estarão à frente do futebol na próxima temporada: Washington, Paulo Turra e Luciano Almeida. O mandatário segue em busca um vice-presidente para encaminhar o novo projeto, que ele considera fundamental para o futuro do Caxias.

Cria do Centenário, o ex-lateral-esquerdo e agora auxiliar-técnico Luciano Almeida também torce pela retomada: 

- É um investimento, não é gasto, tanto para utilizar no time ou para negociar. Hoje não tem como, vamos trabalhar com os quatro antigos da época da base forte e buscar atletas para o profissional.

Turra comemora a possibilidade de ver novos talentos surgindo em um futuro próximo, mas sabe que em 2015 poucas serão as opções que restaram do antigo projeto das categorias de base. 

- Não posso lamentar o fato do Caxias não ter uma categoria de base porque eu sabia disso quando aceitei o convite. O Caxias tem quatro jogadores jovens (Brandão, Léo, Karl e Valdeir). Eles vão ser observados e aproveitados - afirma o treinador.

Gabriel Lain / Especial
Léo conquistou espaço no grupo grená em 2014

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