Operação Lava-Jato
Juiz nega pedido de liberdade de ex-diretor de Serviços da Petrobras
Com a decisão, Renato Duque segue preso preventivamente na sede da PF em Curitiba
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, indeferiu pouco depois das 18h desta quinta-feira o pedido de liberdade apresentado pelos advogados de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras. Com a decisão do magistrado, Duque seguirá preso preventivamente na sede da Polícia Federal em Curitiba, sem prazo para obter a libertação.
Duque é suspeito de ser o operador do esquema de corrupção em obras da Petrobras, em favor do PT, e foi detido na Operação Lava-Jato. Ele e mais cinco detidos tiveram a prisão temporária convertida em preventiva na última terça-feira.
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A decisão foi do juiz federal Sérgio Moro. Além do ex-servidor da estatal, o magistrado decidiu converter a prisão de Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, ambos executivos da Camargo Corrêa; Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Adelmario Pinheiro Filho, da OAS; e Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC.
Devido à decisão, eles não têm mais prazo para deixar a carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná, onde estão detidos. As prisões temporárias foram efetuadas na última sexta-feira, em uma ação da Operação Lava-Jato, que investiga desvios de recursos da Petrobras.
Nos casos do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e de Adarico Negromonte Filho, que segue foragido, o magistrado optou por protelar sua manifestação. Considerado foragido desde sexta-feira, Baiano se entregou à polícia na tarde de terça-feira. Ele deverá cumprir o prazo de cinco dias da prisão temporária, já que teve o pedido de habeas corpus negado pela Justiça, também na terça-feira.
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