Política



Operação Lava-Jato

Iesa diz não ter dinheiro para pagar trabalhadores demitidos

Empresa se reuniu com funcionários de Charqueadas por quase três horas

03/12/2014 - 20h17min

Atualizada em: 03/12/2014 - 20h17min


Flávio Portela / Divulgação MPT

Terminou sem solução a audiência realizada nas Justiça do Trabalho sobre situação dos trabalhadores da fábrica da Iesa Óleo e Gás, em Charqueadas. A reunião durou quase três horas.

Todas as partes convocadas compareceram, conforme o blog Acerto de contas. Havia representantes dos trabalhadores da Iesa, da Petrobras e até mesmo do consórcio Tupi, criado para o contrato de compra dos módulos para plataformas que seriam construídos em Charqueadas.

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No entanto, as empresas não apresentaram proposta para pagar os trabalhadores. Petrobras e Tupi alegam que não há mais contrato e ambas não teriam responsabilidade pelas dívidas. Iesa diz que não tem dinheiro para pagar os mais de mil funcionários que pretende demitir.

A dispensa foi suspensa pela Justiça, que atendeu pedido de ação coletiva do Ministério Público do Trabalho. O procurador Bernardo Schuch explica que a licença remunerada determinada judicialmente segue valendo enquanto durar o impasse.

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- Teremos nova audiência na quinta-feira da semana que vem, às 14h30min. Esperamos que as empresas, até lá, optem por apresentar uma proposta.

Enquanto isso, o procurador espera que a Justiça decida sobre a chamada responsabilidade solidária de Petrobras e Tupi nas dívidas trabalhistas. Com isso, as empresas não poderiam mais alegar que não são responsáveis também pelos pagamentos.

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Além disso, a ideia é que seja pedida à Justiça também a reversão da decisão que desbloqueou as contas da Petrobras.

A Iesa pertence ao Grupo Inepar, que está em recuperação judicial. As dívidas trabalhistas de Charqueadas correm risco de entrar no processo de recuperação, ficando sem prazo determinado para quitação.

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