Política



Sem garantia

Petrobras recua e não aprova pagamento de trabalhadores da Iesa em Charqueadas

Medida incluía o pagamento do salário atrasado dos trabalhadores, verbas rescisórias e cestas básicas

16/12/2014 - 18h21min

Atualizada em: 16/12/2014 - 18h21min


Giane Guerra
Giane Guerra
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Diego Vara / Agencia RBS
Em Charqueadas, no Polo Naval do Jacuí, a Iesa demitiu mil empregados

A Petrobras recuou e a diretoria-executiva não aprovou o pagamento de trabalhadores da Iesa Óleo e Gás, em Charqueadas. A promessa foi feita na segunda-feira, para a comitiva gaúcha que se reuniu com a presidente da estatal, Graça Foster, e diretores no Rio de Janeiro. As informações são do blog Acerto de Contas.

Advogados da Petrobras procuraram nesta segunda-feira o juiz que atua na conciliação do caso, Carlos Alberto Lontra, dizendo que a proposta de acordo que foi costurada ao longo das últimas semanas não poderá ser apresentada, pois não foi aprovada. A medida incluía o pagamento do salário atrasado dos trabalhadores, referente a novembro, verbas rescisórias, cestas básicas e ajuda de custo para os funcionários de fora do Rio Grande do Sul voltarem aos estados de origem.

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São mais de mil trabalhadores que a Iesa Óleo e Gás pretende demitir devido a rescisão do contrato de fabricação de módulos de plataformas de petróleo pela Petrobras. Como não houve negociação coletiva, os funcionários estão em licença remunerada.

Com o recuo da Petrobras, a audiência judicial que ocorreria nesta quarta-feira em São Jerônimo foi cancelada.

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- Seria uma audiência inócua. Em vez disso, marcamos uma reunião com as partes envolvidas em Porto Alegre, no Tribunal Regional do Trabalho. Ainda há esperança de que se alcance uma conciliação - explica o juiz Carlos Alberto Lontra.

Caso o acordo não ocorra, as dívidas serão cobradas judicialmente. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho.

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- É incompreensível a atitude da Petrobras em não quitar as dívidas agora. O valor só vai aumentar com o passar do tempo - explica o procurador Bernardo Schuch, que conduz a ação.

Procurada pela reportagem, a Petrobras ainda não se pronunciou sobre o caso.

* Rádio Gaúcha

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