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Morte em Tramandaí

Comissário da polícia deve responder por integrar organização criminosa

Tribunal de Justiça nega liminarmente pedido de liberdade do agente Nilson Aneli, que pode ser demitido da Polícia Civil e condenado à prisão

31/01/2015 - 04h04min

Atualizada em: 31/01/2015 - 04h04min


Adriana Irion
Adriana Irion
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Caco Konzen / Especial
Polícia tem indícios de que Aneli fazia segurança de traficante executado no último dia 4, em Tramandaí

O comissário da Polícia Civil Nilson Aneli, investigado por suposta ligação com o traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, deve ser indiciado por integrar organização criminosa. Na sexta-feira à tarde, o Tribunal de Justiça (TJ) negou, liminarmente, o pedido de liberdade feito pela defesa do policial. A participação do comissário no grupo ligado ao tráfico de drogas seria por uso de informações privilegiadas, obtidas devido a sua função como policial.

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O enquadramento na lei do crime organizado seria pelo artigo 2º, que diz: "promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa." A pena inicial de três a oito anos é aumentada pelo fato de o grupo usar armas de fogo e porque o investigado é servidor público. Assim, a condenação pode chegar a 12 anos de prisão. No âmbito administrativo, a responsabilização do comissário, que é agente há 33 anos, seria por falta grave e pode resultar em demissão.

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ZH apurou que Aneli demonstrava interesse em investigações que envolviam o grupo de Xandi, que dominaria o tráfico em um condomínio em Porto Alegre. Ele buscaria informações sobre os inquéritos em delegacias. A polícia tem indícios de que o policial fazia a segurança de Xandi, executado em 4 de janeiro, em Tramandaí. Desde segunda, ele está preso de forma preventiva, na Capital.


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