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Governo deve aumentar conta de luz para sanar dívida de distribuidoras de energia elétrica
Ministro Eduardo Braga voltou a considerar a possibilidade de ajustar as tarifas da conta de energia elétrica
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reuniu-se novamente com a presidente Dilma Rousseff para tratar dos problemas de caixa das distribuidoras de energia elétrica e teve, desta vez, companhia do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Braga voltou a considerar a possibilidade de ajustar as tarifas da conta de luz para resolver a questão. Ele, no entanto, disse que não deve mexer nos subsídios para população de baixa renda e de programas sociais, como o Luz Para Todos.
Braga ainda não bateu o martelo sobre pegar um empréstimo no mercado, mas a possibilidade parece ficar cada vez mais clara. Ao ser perguntado, o ministro chegou a dizer o valor do empréstimo, R$ 2,5 bilhões, que é o total da dívida de novembro (R$ 1,6 bilhão) e dezembro (R$ 900 milhões).
O ministro disse ainda que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recebeu "sinal verde" de Dilma Rousseff para tratar de "ações estruturantes" para o setor:
- A Aneel marcará uma reunião e tomará todas as providências no sentido de construir, dentro do prazo estabelecido por nós, as propostas estruturantes - disse.
Braga ainda explicou que essas medidas devem ser implementadas ainda este mês, pois ações terão data retroativa a janeiro. As medidas planejadas objetivam encontrar formas de compensar o valor gasto a mais pelas distribuidoras para compra de energia, por causa do baixo volume dos reservatórios das usinas hidrelétricas e da necessidade de acionamento de usinas termelétricas.
Na última quinta-feira, o ministro já havia adiantado que o governo prorrogaria o prazo de pagamento das distribuidoras de terça-feira, dia 13, para o dia 30 de janeiro.
* Agência Brasil