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Morte em Tramandaí

Polícia pede prisão de ex-assessor de Michels envolvido com traficante

Nilson Aneli estava na casa do traficante Alexandre Madeira no momento de um tiroteio em Tramandaí

26/01/2015 - 11h47min

Atualizada em: 26/01/2015 - 11h47min


Caco Konzen / Especial
Comissário Nilson Aneli diz que foi contratado pela produtora Nivel A e nega ter conhecimento de que Xandi era traficante

A Corregedoria da Polícia Civil pediu a prisão do comissário Nilson Aneli, investigado por envolvimento com o traficante Alexandre Madeira, o Xandi, morto em Tramandaí, no Litoral Norte, no dia 4 de janeiro. As informações são da Rádio Gaúcha.

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Aneli era lotado no gabinete do ex-secretário de Segurança do Estado, Airton Michels. O comissário participava de um churrasco na casa do traficante, quando um grupo rival atacou o local. No primeiro momento, Aneli se apresentou à polícia e afirmou que chegou à casa após saber que um sobrinho estava lá e tinha sido baleado.

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Mais tarde, foi apurado que ele estava lá no momento do tiroteio e que, inclusive, algumas armas pertenciam a ele. Porém, a corregedoria descobriu que ele trabalhava como segurança do traficante. Em entrevista à Zero Hora e à Rádio Gaúcha, o ex-secretário de segurança afirmou que o comissário confessou fazer segurança do traficante.

Sobrinho de Aneli é réu por roubo

O sobrinho do comissário Nilson Aneli, que seria responsável por convidar o tio para o trabalho de segurança na casa do traficante Xandi, tem antecedentes por roubo a posto bancário, receptação e adulteração de veículo, lesão corporal e ameaça.

Marcelo Mendes Ventimiglia, 31 anos, foi baleado no tiroteio em que foi morto Xandi, em Tramandaí, no dia 4, e segue hospitalizado. Na primeira versão dos fatos, Aneli disse ter sido chamado ao local para socorrer o sobrinho baleado. Depois, surgiu a versão do convite para trabalhar naquele fim de semana.

Ventimiglia teve prisão decretada e deve ser transferido para um presídio quando tiver alta. Em razão das condições pes­soais e de saúde dele, o advogado Procópio de Lima Filho solicitou relaxamento da prisão ou autorização de prisão domiciliar:

- Ele pesa 230 quilos, tem dificuldade de locomoção. Levou dois tiros nas costas que atingiram rim e pulmão, teria que ter uma cama adaptada na prisão.

Em julho de 2013, Ventimiglia se tornou suspeito de assalto a um posto bancário em Balneário Pinhal, no qual um segurança e dois gerentes foram usados como reféns para a fuga.

Em março de 2014, foi preso por isso a pedido da Delegacia de Roubos do Deic. Ganhou liberdade provisória e segue respondendo ao processo criminal.

Ventimiglia trabalhava na produtora de eventos Nível A, cujo um dos proprietário era Xandi. Segundo o advogado, seu cliente atuava como segurança de artistas, por ser "grande, gordo e careca".


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