Porto Alegre



Revés na negociação

Primeira reunião entre rodoviários e empresas termina sem acordo sobre reajuste salarial

Sindicato considerou contraproposta "indecente". Seopa promete reunir diretoria novamente para discutir andamento da negociação

08/01/2015 - 18h14min

Atualizada em: 08/01/2015 - 18h14min


Marcelo Oliveira / Agencia RBS

Após mais de duas horas de reunião, Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) e Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre não entraram em acordo quanto ao reajuste da categoria na tarde desta quinta-feira. Rodoviários reivindicam 11,5% de aumento salarial e rechaçaram os 5% oferecidos pelo Seopa antes mesmo de submeter a contraproposta a assembleia.

- Achamos indecente a proposta que nos fizeram, é um desrespeito com os trabalhadores. Esperamos uma nova chamada para dar sequência à negociação - diz o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair Silva.

Silva diz estar confiante na evolução das negociações e descarta a possibilidade de greve no transporte neste primeiro momento. O presidente espera que uma nova reunião seja convocada na próxima semana.

Segundo o advogado do Seopa, Alceu Machado, a recusa dos rodoviários será discutida internamente para definir como será conduzida a negociação daqui em diante.

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O dissídio dos rodoviários é pré-requisito para que as empresas solicitem à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) a revisão tarifária. Gastos com pessoal representam 50% do valor da passagem, por isso, a negociação com a categoria é determinante para o cálculo. A tensão acompanha as discussões sobre o valor da tarifa desde os protestos de junho de 2013.

A última negociação do sindicato com as empresas, no início do ano passado, também foi tensa. Opositores do então presidente, Julio Gamaliel Pires, acabaram assumindo o controle das negociações e lideraram uma greve que se estendeu por 15 dias. Uma nova eleição para o sindicato foi determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RS) em maio, por conta de fraude na apuração do pleito de 2011 e inelegibilidade de integrantes da chapa vencedora. O processo eleitoral foi conduzido por um procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) e, em novembro, novos representantes foram eleitos.

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