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Violência

Viamão é a 17ª cidade com maior índice de assassinatos de adolescentes do Brasil

Estudo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) analisou homicídios de pessoas entre 12 e 18 anos em todo o país

28/01/2015 - 19h08min

Atualizada em: 28/01/2015 - 19h08min


Fernanda da Costa
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Andréa Graiz / Agencia RBS

Um estudo do governo federal revelou que Viamão é 17ª cidade com maior índice de homicídios de adolescentes do Brasil, entre aquelas com mais de 100 mil habitantes. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira, analisou assassinatos de pessoas de 12 a 18 anos em todo o país.

O município da Região Metropolitana teve o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) -  dado que apresenta o número de adolescentes assassinados para cada mil pessoas que completam 12 anos - duas vezes maior que o nacional. Enquanto no país o IHA foi de 3,32 em 2012, em Viamão foi de 6,49.

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Já entre os estados, o Rio Grande do Sul teve o 10º menor índice: 2,51, inferior à média nacional. No comparativo das regiões, o Sul é a segunda com menor IHA: 2,44, atrás apenas do Sudeste, que apresentou índice de 2,25.

Os dados são do  levantamento "Homicídios na adolescência no Brasil", que leva em conta dados de 2012. A publicação é uma parceria pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ).

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Hoje, os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no país, enquanto para a população total correspondem a 4,8%. Conforme o estudo, a estimativa é que mais de 42 mil adolescentes poderão ser vítimas de homicídio nos municípios brasileiros de mais de 100 mil habitantes entre 2013 e 2019. Isso significa que, para cada grupo de mil pessoas com 12 anos completos em 2012, 3,32 correm o risco de serem assassinadas antes de atingirem os 19 anos de idade. A taxa representa um aumento de 17% em relação a 2011, quando o IHA chegou a 2,84.

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Em relação ao perfil dos adolescentes, o estudo revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é três vezes maior do que os brancos. Além disso, os adolescentes do sexo masculino apresentam um risco quase 12 vezes superior ao das meninas, sendo a arma de fogo o principal meio utilizado nos assassinatos de jovens brasileiros.

Para a elaboração do IHA, foram analisados 288 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. O levantamento tem como base os dados dos Censos 2000 e 2010, do IBGE, e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde. O IHA faz parte das ações do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL), criado em 2007.

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