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Paralisação dos caminhoneiros

Ceasa prevê falta de produtos neste domingo

Com a continuidade das manifestações e o fechamento das estradas, produtos vindos do interior do Estado e de outras partes do País poderão não chegar à Central

27/02/2015 - 09h49min

Atualizada em: 27/02/2015 - 09h49min


Com a continuidade do bloqueio nas estradas do Estado, a Ceasa, em Porto Alegre, teme a falta de oferta de produtos já no próximo domingo, quando são abastecidos caminhões vindos das cidades distantes mais de 200km da Capital. Segundo o diretor técnico-operacional da Ceasa, Gerson Madruga, produtos como tomate, vagem, abobrinha e frutas tropicais, como laranja importada, poderão ser os primeiros atingidos. 

- Nesta época do ano, o tomate vem da Serra gaúcha, a vagem e a abobrinha, da região do Paraná, e as frutas tropicais são do Sudeste e do Nordeste. Para piorar a situação, a maior parte dos caminhões não têm refrigeração. Ou seja, os produtos estragam logo. Se estas cargas não forem liberadas, poderão faltar já neste domingo - ressalta Gerson.

Movimento de caminhões caiu na Ceasa

Preços seguem os mesmos

Apesar da situação, o diretor afirma que os preços dos produtos ainda não se alteraram na Ceasa. O aumento no preço do tomate nesta semana não tem relação com a paralisação dos caminhoneiros. Segundo Gerson, nas semanas anteriores houve uma oferta maior do produto com a alta da safra. Agora, o preço voltou ao que é considerado normal na Ceasa (R$ 2,25, o quilo).

Na manhã de quinta-feira, mais da metade dos caminhões da Região Sul do Estado não conseguiram chegar à Ceasa. Apenas um único caminhoneiro de Rio Grande _ que pediu para não ser identificado, pois temia represália no retorno _ conseguiu chegar à Central depois de mais de 24h na estrada. Para desviar das barreiras, ele andou quase 150km a mais.

No próximo domingo, a circulação de caminhões do interior do Estado é esperada para o período da manhã. A partir daí, será possível se ter uma ideia da situação na Central para a próxima semana. É quando os técnicos acreditam que a paralisação dos caminhoneiros afetará com força o fornecimento de produtos na Ceasa. 

- No domingo, o movimento costuma ser menor na Ceasa. Por isso, o impacto da falta de produtos deverá ser sentido mesmo na próxima terça-feira, um dos dias mais importantes de vendas - destaca Gerson.

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Tadeu Vilani / Agencia RBS

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