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O lado vermelho

Com alto investimento, Inter ainda busca equilíbrio entre defesa e ataque

No Gre-nal 404, Diego Aguirre segue à procura de uma cara para seu time

28/02/2015 - 14h01min

Atualizada em: 28/02/2015 - 14h01min


Leandro Behs
Leandro Behs
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Caco Kozen / Especial
Diego Aguirre enfrenta seu primeiro Gre-Nal à frente do Inter

O Gre-Nal 404 colocará frente a frente dois times ainda instáveis na temporada. São casos opostos. De um lado, o Inter, o dono da casa, surge com um forte investimento, uma folha girando em torno de R$ 12 milhões ao mês, e o sonho de conquistar o tricampeonato da Libertadores. Ainda assim, inconstante.

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A primeira vitória do time supostamente titular no ano foi ocorrer somente nesta quinta-feira, contra a Universidad de Chile, às vésperas do clássico. Zero Hora levanta alguns pontos que levaram o Colorado a ainda não ter a fortaleza de um Corinthians ou a segurança de um Cruzeiro, já às portas do terceiro mês da temporada:

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Diego Aguirre

O técnico uruguaio não conhecia todos os seus jogadores quando assumiu o Inter. Convidado para treinar o time na Libertadores, depois de desacertos da direção com Tite e Luxemburgo - além de uma negativa antecipada de Mano Menezes -, Aguirre precisou de um tempo para implantar o seu estilo de trabalho.

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No seu entendimento, o Inter estará pronto somente em meados de março. Um dos grandes problemas até aqui tem sido a falta de equilíbrio entre defesa e ataque. Mesmo admitindo correr riscos em determinadas partidas, Aguirre ainda não conseguiu harmonizar a força ofensiva com um maior poder de marcação no meio-campo.

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18, 20 titulares

Esta necessidade de maior conhecimento dos comandados também levou Aguirre a realizar muitos testes. Do time que começou o Gauchão até a equipe que foi a campo contra a Universidad de Chile, quatro jogadores perderam a posição.

Nas oito partidas oficiais do ano (seis pelo Estadual, duas pela Libertadores), o Inter utilizou 28 jogadores - do elenco principal, apenas os goleiros Dida e Jacsson e os atacantes Bruno Gomes, Maurides e Taiberson não foram a campo. Um rodízio grande e que propiciou ao treinador assegurar que o Inter não tem um time titular com 11 atletas, tem com 18 ou 20 jogadores.

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O erro talvez seja revezar tanto o time ainda sem ter um padrão de jogo, sem repetição. Ainda há aquelas antigas unanimidades que seguem em baixa, como Nilmar. O atacante reivindicava uma pré-temporada bem feita para voltar à antiga forma. Até agora, não conseguiu. Fez apenas um gol no ano, em um jogo-treino contra o Juventude.

Mudança no futebol

Somente depois de eleita, a nova gestão do Inter tratou de anunciar a direção de futebol. Luiz Fernando Costa, até então conhecido por sua atuação como advogado da Federação Gaúcha de Futebol e como presidente da comissão eleitoral do Inter, foi ungido a vice de futebol. A contratação de Diego Aguirre, um técnico estrangeiro, que havia sido descartado por Vitorio Piffero, foi um desejo seu. Uma aposta pessoal.

Costa e Piffero acabaram indo a Montevidéu contratar o treinador. O vice de futebol estava ganhando a confiança do grupo e encaminhando contratações (como a de Anderson, cuja negociação foi iniciada por ele).

Com a sua morte prematura (um infarto, aos 53 anos de idade, em 25 de janeiro), Piffero assumiu o futebol, enquanto encaminhava a transição, dando ao diretor de futebol Carlos Pellegrini autonomia de vice, ainda que mantenha a nomenclatura de "diretor de futebol". Pellegrini deu prosseguimento ao trabalho de Costa, ainda que o processo tenha sofrido um natural atraso, devido ao falecimento do dirigente.

Reforços

Um novo Inter começou a surgir a partir de 3 de janeiro. Neste dia, o clube fechou com o seu primeiro reforço para a Libertadores: o lateral-direito Léo. De lá para cá, outros seis jogadores foram contratados: Nilton (contratado em 7 de janeiro), Vitinho e Réver (ambos em 14 de janeiro), Anderson (em 30 de janeiro), Nico Freitas (em 11 de fevereiro) e Lisandro López (em 19 de fevereiro, tendo sido apresentado oficialmente nesta sexta-feira, e que será inscrito na Libertadores, caso o Inter passe às oitavas).

Jogadores que chegaram com diferentes condicionamentos físicos e de ritmo de jogo. Vitinho e Réver ainda pegaram o final da pré-temporada, em Bento Gonçalves. Léo e Nilton a realizaram desde o primeiro dia. Os demais, nem isto. Um time eclético demais em um começo de temporada com jogos decisivos.


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