São Sepé
Manifestante morto em protesto em São Sepé era de família de caminhoneiros
Conforme amigos da vítima, Cléber Ouriques, 38 anos, o protesto será mantido de forma pacífica
O caminhoneiro morto na manhã deste sábado ao tentar interceptar um caminhão-baú que não parou no local do protesto, na BR-392, em São Sepé, era de uma família de caminhoneiros da cidade. Cléber Adriano Ouriques, 38 anos, era filho de Lauro Ouriques, candidato a vereador em São Sepé pelo PPS nas últimas eleições municipais. Ele era solteiro e tinha um filho adolescente.
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- O pai dele estava o ajudando a pagar o caminhão. Era um guri muito bom, extrovertido, que adorava diversão e estava sempre disposto a ajudar - disse Jorge Fernando Copes, amigo da família que conhece a vítima desde a infância.
Não há informações sobre o local e o horário do velório e do enterro de Ouriques.
Protesto na BR-392 será mantido
Conforme Copes, o protesto será mantido na BR-392 de forma pacífica.
- Vamos seguir com força e em ordem. Vamos pedir para a companheirada manter a calma e seguir em paz - afirmou o caminhoneiro.
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O trânsito no local do acidente foi totalmente bloqueado no momento em que os peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) chegaram para o trabalho de averiguação e remoção do corpo, por volta das 10h. Houve engarrafamento nos dois sentidos da pista.
O fluxo foi liberado por volta das 10h30min, e o corpo, retirado. Os caminhoneiros voltaram para o local do protesto, a cerca de 10 quilômetros de onde ocorreu o acidente.
Polícia busca motorista do caminhão-baú
Conforme o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, pelas informações preliminares da perícia, as marcas de frenagem na pista levam a crer que o caminhão-baú tentou desviar dos três amigos, mas não conseguiu. A polícia está em busca do motorista do caminhão-baú. Uma parte do para-choque dianteiro do veículo, de cor prateada, ficou sobre pista.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acredita que o caminhoneiro tenha fugido do local por medo de ser linchado pelos manifestantes em São Sepé.
- Com certeza, a morte acirra ainda mais os ânimos dos manifestantes - acredita o delegado.