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Acabou (mas tem mais)

Final da temporada de "The Walking Dead" discute ideais de civilização

Desfecho do 5º ano do drama de zumbis foi ao ar neste domingo

30/03/2015 - 01h15min

Atualizada em: 30/03/2015 - 01h15min


Gustavo Brigatti
Gustavo Brigatti
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FOX Brasil / Divulgação

The Walking Dead encerrou sua 5ª temporada olhando para a 1ª. Foi esse o tom da season finale, exibida neste domingo, na Fox, uma hora após ter ido ao ar nos EUA. A série retorna em outubro.

Desnecessário dizer que, a partir deste ponto, há spoilers.

Para quem vinha acompanhando o retorno da 5ª temporada, desde fevereiro, um episódio chamado Conquer (conquistar) só significaria uma coisa: o bando de Rick (Andrew Lincoln) tomaria o controle da comunidade de Alexandria, por bem ou por mal. Bem, isso acontece, mas a conquista do título também se refere a como cada um ali decidiu conquistar sua vida, seu ideal de humanidade, de civilização.

Enquanto uns optam por abraçar a causa da senadora Deanna (Tovah Feldshuh) e tentar reerguer a civilização retomando códigos modernos - caso de Maggie (Lauren Cohan), Michonne (Danai Gurira) e Glenn (Steven Yeun) -, outra parcela do grupo simplesmente não consegue se adaptar a uma vida longe da matança. Para gente como o próprio Rick, Daryl (Norman Reedus) e Sasha (Sonequa Martin-Green), o mundo agora é um eterno bater-e-correr e não será nunca diferente. Negar essa dinâmica é tornar-se fraco e exposto a ataques - não apenas de mortos-vivos, mas de outras pessoas.

Mas o perigo não está apenas fora dos muros de Alexandria. Há problemas internos que precisam ser resolvidos, como a relação de violência doméstica envolvendo Pete (Corey Brill) e Jessie (Alexandra Breckenridge). Para Carol (Melissa McBride), vítima do mesmo tipo de mau trato lá no começo da série, a resposta para tanto, nas atuais circunstância, não pode ser outra que não a morte do agressor. Não há tempo para a Justiça como a conhecíamos, apenas aquela dos primeiros tempos da civilização: olho por olho, dente por dente.

É nessa volta aos primórdios que se fia também o grupo dos Lobos, que aparece pouco, mas suficiente para sabermos que dali não vem nada de bom. Para eles, o velho Hobbes estava certo: o homem é lobo do homem. Rick acredita nisso cada vez mais - e faz a justiça que lhe é permitida quando Pete se descontrola e mata o marido de Deanna. Apenas para, ao final da execução, se deparar com um estupefato Morgan (Lennie James), o sujeito que salvou a vida do ex-xerife nos primeiros episódios da série e parece ter recobrado o juízo depois de um inusitado encontro na 3ª temporada.

Ao que tudo indica, mais do que a disputa entre Alexandria e os Lobos, a 6ª temporada vai ser sobre qual tipo de ideal uma nova civilização deverá (ou poderá) ser erguida. Façam suas apostas.

Veja como foi o capítulo final:


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