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Contra os brucutus

Maicon defende volantes com qualidade: "Não sou pitbull"

Jogador do Grêmio cita Kroos e Busquets como exemplos

27/03/2015 - 18h25min

Atualizada em: 27/03/2015 - 18h25min


Luís Henrique Benfica
Luís Henrique Benfica
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Lucas Uebel / Grêmio, Divulgação

A infindável discussão sobre o modelo ideal de volante ganhou força com a chegada de Maicon ao Grêmio. Suas opiniões vão na contramão de quem prefere o marcador tradicional, de pouca mobilidade. Mostram que ele passa longe do perfil pitbull.

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Com três partidas pelo Grêmio, o ex-são-paulino já confirmou a boa qualidade de passe e saída de jogo, sem que isso tenha comprometido seu desempenho como marcador. Para Maicon, uma coisa não atrapalha a outra. O carioca de 1m84cm exalta-se para defender seu ponto de vista. Lembra que Luis Enrique arma o Barcelona com apenas um jogador à frente da área e libera os demais para criar, com o compromisso de colaborar no desarme.

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- Não sou pitbull, mas ajudo a marcar. Quando a bola está no meu pé, tenho a maior facilidade para sair jogando e distribuir bem a bola. Tem muito cara aí que pega firme e não consegue dar um passe ali na porta - diz.

De cada grande clube europeu ele retira um jogador que lhe serve como inspiração. E o faz acreditar que volante não é sinônimo apenas de destruidor:

- Tem o Kroos (Real Madrid), Schweinsteiger (Bayern de Munique), Busquets (Barcelona). Sem falar no Modric (Real Madrid), que era meia e hoje é volante. É fantástico, joga demais, não erra passe.

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O curioso é que Maicon nem sempre foi volante. Em 2009, recém-chegado ao Figueirense, vindo do alemão Duisburg, atuava próximo dos atacantes. Como era preciso abrir vaga no time para Firmino, hoje na Seleção Brasileira, e Fernandes, ídolo da torcida, virou volante, por sugestão do técnico Márcio Goiano. Jogou 52 partidas, marcou 10 gols e foi parar no São Paulo. 

No Morumbi, revezava-se com Wellington Martins, hoje no Inter, e Denilson. Ainda assim, em três anos, disputou 161 jogos, fez nove gols e participou da conquista da Copa Sul-Americana. O que não impediu que recebesse contestações de parte da torcida, que o considerava lento. Veio para o Grêmio contra a vontade de Muricy Ramalho.

- Gosto de cadenciar, ler o jogo, rodar a bola de um lado a outro. Há quem não goste, mas é meu estilo, sempre joguei dessa maneira - justifica-se.

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Com contrato até dezembro, Maicon sonha em permanecer no Grêmio além desse período. Trouxe junto a mulher, Lívia, e a filha Gabrielly, cinco anos. O primeiro projeto é conquistar o Gauchão.

- É nas competições estaduais que o time ganha padrão de jogo para chegar bem no Brasileirão. Esse título vale muito, sim - afirma.

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