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"Panelaço fracassou", avalia PT

Depois do pronunciamento da presidente seguido de manifestações pelo país, partido diz que protesto foi organizado para impedir alcance da mensagem

09/03/2015 - 10h47min

Atualizada em: 09/03/2015 - 10h47min


Reprodução TV, Agência RBS / null

À 0h47min, quatro horas após o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em rede nacional e o panelaço que seguiu a manifestação em diversas cidades brasileiras, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota avaliando que o protesto fracassou. Segundo o texto, o panelaço foi organizado para impedir o alcance da mensagem e realizado por moradores de bairros de classe média. O partido ainda acredita no financiamento da oposição na mobilização.

Confira, na íntegra, a nota:

"As manifestações que aconteceram em algumas cidades brasileiras durante pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff foram orquestradas para impedir o alcance da mensagem, mas fracassaram em seus objetivos. A avaliação é do secretário nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, e do vice-presidente e coordenador das redes sociais da legenda, Alberto Cantalice.

A comprovação do curto alcance do protesto veio pelas próprias redes. A hashtag #DilmadaMulher, em apoio à presidenta, tornou-se uma das mais usadas pelos internautas e entrou para o trending topics do Twitter, durante a fala da presidenta em cadeia nacional de rádio e tevê.

O chamado 'panelaço', realizado por moradores de bairros de classe média , como Águas Claras (DF), Morumbi e Vila Mariana, em São Paulo, e Ipanema, no Rio, foram mobilizados durante o final de semana por meio das redes sociais, conforme monitoramentos do PT.

- Têm circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa mobilização - afirma José Américo.

- Mas foi um movimento restrito que não se ampliou como queriam seus organizadores - completa.

Veja a íntegra do pronunciamento
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O secretário avalia que apesar da intensa convocação e dos investimentos na divulgação do protesto, a mobilização não repercutiu nas áreas populares e perdeu o alcance.

Para Cantalice, a movimentação via internet tem ligações com outras reações ao governo, oriundas de setores que pretendem um golpe contra a atual gestão.

- Existe uma orquestração com viés golpista que parte principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta - define o vice-presidente.

Ele avalia que essas reações são semelhantes às que estimularam as chamadas 'Marchas da Família', com o apoio da grande mídia, e se tornaram os baluartes do golpe que derrubou o presidente João Goulart.

- Hoje, reciclados, investem em novas formas de atuação buscando galvanizar os setores populares.

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O protesto dos moradores de áreas nobres foi ironizado na internet. O perfil do Facebook "Sem Panelaço" publicou levantamento no qual mostra que a manifestação se restringiu a poucos bairros de regiões ricas da capital paulista.

No Twitter, o panelaço virou piada. "Minha amiga agora: Aqui no Nordeste, nenhum panelaço. Acho que é porque não tem mais panela vazia por aqui", postou Camila Moreno em seu microblog.

Ajustes - Durante pronunciamento em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, a presidenta Dilma defendeu o ajuste fiscal, que vem sendo implementado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Ela atribuiu a necessidade de ajustes à persistência da crise internacional e aos efeitos da seca que afeta as regiões Nordeste e Sudeste, tranquilizou a população e negou que o país viva um crise nas 'dimensões que dizem alguns'."

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- Vamos começar pelo mais importante: o Brasil passa por um momento diferente do que vivemos nos últimos anos, mas nem de longe vive uma crise como dizem alguns. Passamos por problemas conjunturais, muito diferentes das crises do passado que quebravam e paralisavam o país. As dificuldades que existem e as medidas que estamos tomando não irão comprometer suas conquistas, tampouco vão fazer o Brasil parar. A questao central é a seguinte: estamos na segunda etapa do combate à mais grave crise internacional desde a grande crise de 29. Estamos tendo de usar armas diferentes e mais duras - disse Dilma, que ressaltou o fato de problemas econômicos terem se agravado no mundo logo no momento em que o Brasil vive "a maior seca da história no Sudeste e Nordeste".

Ela ainda pediu "paciência e compreensão porque a situação é passageira". Convocou os país a se unir para enfrentar os problemas e disse que espera reação da economia no final do segundo semestre deste ano.

No final, Dilma disse que "não irá trair compromissos com os trabalhadores e com a classe média".

Vídeo mostra panelaço de protesto contra Dilma em Porto Alegre:


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