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Em meio ao terremoto

"Fui o último a sair e loja quase me engoliu", diz turista brasileiro no Nepal

Praticante de alpinismo e triatleta de São Paulo relatou que não pôde retornar ao hotel onde está hospedado porque parte do local desabou

25/04/2015 - 17h22min

Atualizada em: 25/04/2015 - 17h22min


Prakash Mathema / AFP
Atingidos pelo terremoto tiram parte dos destroços da Praça Darbar, em Katmandu

"Fui o último a sair; a loja quase me engoliu", relatou o jornalista Gustavo Junqueira, de Ribeirão Preto (SP) à mulher, Sonia Maggioto, nas poucas mensagens que trocaram pelo aplicativo WhatsApp sobre o terremoto deste sábado no Nepal. Junqueira estava com um grupo de cinco brasileiros em turismo em Swayambhunath, o Templo do Macaco, um dos mais famosos pontos turísticos de Katmandu, quando ocorreu o abalo sísmico, cerca de 11 horas no horário local.

- Na conversa curta que tive com o Gustavo, hoje (sábado, 25) pela manhã, ele relatou que estava bem assustado e que foi o último a sair de uma loja no Templo do Macaco, onde estava junto com os brasileiros. Felizmente todos estão bem - disse. - "Eu fui o último a sair; quase a loja me engoliu", foi literalmente o que ele me relatou - completou Sonia.

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Segundo ela, Junqueira chegou a Katmandu na noite de sexta-feira, após cerca de 10 dias no acampamento base do monte Everest - ele é praticante de alpinismo. Em conversa com a Agência Estado antes da viagem, Junqueira, que é ainda triatleta, relatou que não iria escalar o monte e queria apenas conhecê-lo, em um preparativo para outra escalada futura.

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Os planos de ficar na cidade nepalesa nos próximos dias foram interrompidos pelo terremoto e, segundo Sonia, o marido sequer conseguiu retornar no hotel onde está hospedado, já que parte desabou e o local estava interditado. Ainda segundo Sonia, no breve contato Junqueira informou que o grupo dele estava na rua e aguardava o socorro de diplomatas brasileiros em Katmandu, por intermédio de um outro brasileiro que já tinha retornado ao País.

- Eles seriam levados ao consulado do Brasil ou a algum outro lugar, pois parece que a embaixada também tinha sofrido algum dano - afirmou.

Quando deixar o País, o jornalista deve seguir para Londres, onde mora uma irmã.

- Como a comunicação é precária, pedi a ele que só voltasse a entrar em contato quando tivesse alguma novidade - concluiu Sonia.


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