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Encontro no Piratini

Governo apresenta situação das finanças a servidores

Mais de 20 representantes de sindicatos participaram do encontro no Galpão Crioulo do Palácio Piratini nesta segunda-feira

27/04/2015 - 10h12min

Atualizada em: 27/04/2015 - 10h12min


Cadu Caldas
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
O governador José Ivo Sartori participou apenas do início da reunião

O secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, apresentou a situação financeira do Estado a servidores públicos, na manhã desta segunda-feira, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Estiveram presentes representantes de mais de 20 sindicatos.

Após a abertura do encontro, em que ressaltou a importância do diálogo, o governador José Ivo Sartori se retirou do evento, deixando a apresentação dos números a cargo do secretário da Fazenda.

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Feltes ressaltou a projeção de déficit para este ano, de R$ 5,4 bilhões, ressaltando que a realidade é muito pior do que o antigo secretário da Fazenda Odir Tonollier previa - que era R$ 1,5 bilhão.

O secretário também ressaltou que o Estado paga mais de R$ 1 bilhão de juros ao ano devido às retiradas de dinheiro do caixa único e ao uso de depósitos judiciais, que, juntos, somam R$ 11,8 bilhões.

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- Não é chororô, falta dinheiro mesmo - disse Feltes.

Entre os sindicalistas, a reação foi de ceticismo com o discurso do governo. Para o presidente do Sindicaixa, Érico Corrêa, o secretário justificou excessos e imoralidades alegando que são leis e que precisam ser cumpridas, mas titubeia em cumprir a lei quando o assunto é reajuste dos servidores.

- O governador escolhe as leis que quer cumprir - disse Corrêa.

Helenir Schürer, presidente do Cpers Sindicato, salientou a falta de propostas:

-  O tamanho da crise nós já conhecemos. Mas como vamos fazer para sair dela? O discurso já é conhecido, mas até agora ninguém deu uma posição concreta. Não vamos aceitar que a conta caia no colo dos servidores. Vamos aumentar a pressão - avisa.

Ubirajara Ramos, coordenador-geral do Sindicato dos Bombeiros (Abergs), afirmou que entende a situação crítica das contas, mas que não pode abrir mão de direitos da categoria.

- O secretário falou diversas vezes das autonomias dos poderes. Que não pode exigir que Legislativo e Judiciário também economizem. A sensação que dá é que as medidas serão aplicadas apenas a servidores do Executivo - disse.

 

 

 

 

 

 

 

 


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