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Protesto na Paulista pede direitos aos trabalhadores do McDonald's

Entre as reivindicações estão acúmulo de função sem a devida remuneração, pagamento de horas extras e adicional de insalubridade

15/04/2015 - 15h28min

Atualizada em: 15/04/2015 - 15h28min


Uma manifestação na Avenida Paulista pede direitos trabalhistas aos funcionários na rede mundial de restaurantes McDonald's. O protesto começou nesta quarta-feira às 10h e reúne, de acordo com a Polícia Militar, 300 pessoas. Já os organizadores estimam uma participação de mil pessoas. Eles partiram de uma concentração no Masp e protestam, agora, em frente à loja do McDonald's.

Entre as reivindicações estão o acúmulo de função sem a devida remuneração, o não pagamento de horas extras e do adicional de insalubridade, além da aplicação de jornada móvel variável. Essa última prática, segundo os sindicatos, faz com que os trabalhadores recebam apenas pelas horas trabalhadas, resultando, muitas vezes, em pagamentos abaixo do salário mínimo, o que não é permitido pela legislação brasileira.

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A campanha é global e ocorre hoje também em 40 países. No Brasil, a campanha #SemDireitosNãoéLegal é amparada pela Nova Central Sindical de Trabalhadores, com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, e junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (Sinthoresp).

Em nota, a companhia informou que respeita manifestações sindicais e tem convicção do cumprimento da legislação, que é seguida pela companhia desde a abertura do seu primeiro restaurante no Brasil.

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Segundo McDonald's, o Sinthoresp não possui amparo legal para representar os trabalhadores do setor, por decisões recentes no Tribunal Superior do Trabalho. "A empresa se orgulha de ser a porta de entrada de milhares de jovens para o mercado de trabalho. Nossas práticas laborais são premiadas e reconhecidas pelo mercado. A companhia foi eleita, por exemplo, uma das Melhores Empresas para Trabalhar na América Latina, pelo ranking elaborado anualmente pela consultoria internacional Great Place to Work, há 15 anos. Foi pioneira na implementação do ponto eletrônico e recebeu o selo 'Primeiro Emprego' do Ministério do Trabalho", diz a nota.

*Agência Brasil


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