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São Paulo perde para o San Lorenzo e acirra disputa pela segunda vaga do Grupo 2

Faltando duas rodadas, brasileiros e argentinos estão empatados com seis pontos na classificação

02/04/2015 - 00h24min

Atualizada em: 02/04/2015 - 00h24min


Juan Mabromata / AFP
O argentino Centurión (C) substituiu o atacante Alan Kardec, que saiu machucado no final do primeiro tempo contra o San Lorenzo

O São Paulo não aguentou a pressão do atual campeão da Copa Libertadores e saiu derrotado por 1 a 0 pelo San Lorenzo, nesta quarta-feira, no estádio Nuevo Gasómetro de Buenos Aires, deixando a definição do "Grupo da Morte" para as últimas rodadas. O gol da vitória do time argentino foi uma pintura, obra do uruguaio Martín Cauteruccio, que saiu do banco e mostrou estrela ao balançar as redes aos 25 do segundo tempo, apenas sete minutos depois de entrar em campo, no lugar do meia Romagnoli.

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No dia em que completou 107 anos de história, o Ciclón de Boedo, como é conhecido na Argentina, deu o troco na derrota por 1 a 0 que sofreu na rodada anterior, no Morumbi, e somou os mesmos seis pontos do tricolor, que só se manteve na vice-liderança por ter um saldo de gol superior.

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Foi o primeiro jogo na competição em que o time do Papa contou com o apoio da sua torcida, depois de dois duelos com portões fechados, por conta de uma punição da Conmebol.

O Corinthians lidera a chave com 12 pontos após golear por 4 a 0 o lanterna Danubio-URU, no Itaquerão. também nesta quarta-feira.

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Na próxima rodada, o Tricolor visita o time uruguaio, no dia 16 de abril, em Montevidéu, enquanto o Corinthians recebe o San Lorenzo.

O jogo começou com quinze minutos de atraso, porque o ônibus do São Paulo demorou para chegar ao estádio por causa do trânsito caótico na capital argentina. A equipe teve uma estadia conturbada no país. Na terça-feira, correu risco de não poder embarcar, devido a uma greve geral.

Muito criticado pela torcida por conta da má fase atual, o meia Paulo Henrique Ganso começou jogando, assim como o volante Souza, que foi titular da Seleção Brasileira no último domingo, na vitória por 1 a 0 sobre o Chile.

Precisando da vitória para se manter vivo na competição, o San Lorenzo começou partindo para cima, com marcação agressiva e vários cruzamentos perigosos afastados aos trancos e barrancos pelos paulistas.

O São Paulo tentava sair do sufoco na base do contra-ataque, mas errava passes demais para incomodar o adversário. Não deu um chute a gol sequer em todo o primeiro tempo. Aos 17 minutos de jogo, em falha grosseira de marcação, deixou Sebastían Blanco sozinho na área para cabecear. Para a sorte de Rogério Ceni, o meia argentino mandou a bola por cima.

Os visitantes só melhoraram quando Pato começou a voltar para buscar o jogo, tornando-se a principal válvula de escape da equipe, ao lado de Michel Bastos, enquanto Ganso mostrava dificuldade para armar o jogo.

Aos 32, Michel puxou contra-ataque pela direita, deixando para trás dois marcadores, mas não caprichou no cruzamento, tocando atrás de Alan Kardec. O centroavante sofreu uma lesão no joelho direito pouco antes do intervalo, e precisou ser substituído pelo argentino Centuríon.

O primeiro chute a gol do São Paulo na partida saiu apenas aos dois minutos da etapa final, e não assustou nem um pouco o goleiro Torrico, com Rafael Toloi isolando uma cobrança de falta na arquibancada. O San Lorenzo continuou dominando, e Mussis exigiu boa defesa de Ceni aos 12, com chute rasteiro de fora da área.

Muito conhecido pela torcida local por ter defendido o rival Racing por quatro temporadas, Centuríon entrou bem no jogo e tentou fazer a diferença com seus dribles. Aos 15, deu uma linda arrancada, fazendo fila na defesa do San Lorenzo, mas foi travado na hora da finalização. Dois minutos depois, Ganso fez boa jogada com Pato, que rolou para Reinaldo soltar a bomba, tirando tinta da trave de Torrico.

Foi justamente no momento em que o São Paulo estava melhor na partida que o time argentino chegou ao gol, numa jogada genial de Cauteruccio. O atacante uruguaio deu um lindo lençol em Rafael Tolói, invadiu a área pela direita e fuzilou Ceni para levar a torcida ao delírio e manter vivo o sonho do bicampeonato do time argentino.

AFP


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