Contra o projeto de lei da terceirização e as medidas provisórias 664 e 665 - que criam novos critérios de acesso ao seguro-desemprego, à pensão por morte, à concessão do auxílio-doença e ao abono salarial -, trabalhadores de diversos setores pretendem paralisar as atividades nesta sexta-feira em todo o país. A data foi convocada por centrais sindicais como o Dia Nacional de Paralisações e Manifestações.

Ônibus da Região Metropolitana circularão nesta sexta, apesar da paralisação

Os atos devem afetar, principalmente, serviços de ensino e transporte na Capital (veja mais abaixo todos os serviços que devem ser afetados). Além de paralisar atividades, centenas de servidores devem se reunir em pontos diferentes da cidade, conforme cada categoria, e, a partir do meio-dia, devem fazer uma caminhada até o Palácio Piratini.

No mapa, veja onde os manifestantes vão se encontrar e para onde devem ir:

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SAIBA QUE SERVIÇOS PODEM SER AFETADOS

ÔNIBUS: O Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre promete fazer mobilizações em frente de 14 garagens das 13 empresas que fazem o transporte de ônibus em Porto Alegre a partir das 4h. O presidente da entidade, Adair da Silva, diz que a intenção não é impedir a circulação total dos ônibus, o que dependerá do grau de adesão da categoria. Segundo Silva, o sindicato respeitará a decisão judicial que determina manutenção de 50% da frota nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h30min às 19h30min) e 30% nos demais horários.

TRENSURB: Os metroviários decidiram em assembleia na quarta-feira paralisar as atividades. Assim como no caso dos ônibus, o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) conseguiu liminar para garantir o funcionamento de 100% dos trens nos horários de pico (das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min). Se for descumprida, deverá ser paga multa diária de R$ 30 mil. A categoria, no entanto, decidiu, em reunião na noite desta quinta, que a paralisação está mantida de qualquer maneira.

ÔNIBUS METROPOLITANOS: Para tentar amenizar o impacto da mobilização de rodoviários e metroviários, a Metroplan autorizou as empresas da região metropolitana a circularem nesta sexta-feira com passageiros em pé, tanto nos ônibus executivos como nos seletivos. Também estão autorizadas as paradas para embarque de passageiros nos pontos da Capital. Todas as empresas terão reforço da frota.

LOTAÇÃO: Segundo a EPTC, toda a frota de 437 veículos terá operação normal. Se for necessário, serão liberados passageiros em pé.

AEROPORTO: Aeronautas e aeroviários têm programado um ato a partir das 8h no Aeroporto Salgado Filho. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Aeronautas de Porto Alegre, Leonel Montezana, não há intenção de paralisar os serviços de embarque e desembarque. Não há um horário confirmado para encerrar a mobilização, mas deve ser ainda pela manhã.

ESCOLAS: Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado no Estado (Sinepe-RS), as escolas foram orientadas para avaliarem as condições de suas localidades para decidirem pela realização das aulas ou não. Portanto, a decisão é de cada escola. O Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS) aprovou em assembleia a adesão à paralisação e a orientação aos filiados é que participem dos atos. Em relação à rede estadual, o Cpers também anunciou adesão. A principal recomendação para os pais é ligar para a escola antes de levar seu filho até lá.

BANCOS: O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre também vai participar das mobilizações. Segundo a entidade, os serviços nas agências dependerão do nível de adesão da categoria. Por isso, diz não ser possível afirmar que agências serão fechadas. A principal recomendação para clientes é optar pelos serviços online.

SAÚDE: o SindiSaúde afirma que parte das atividades no Hospital de Clínicas deve ser afetada. Uma manifestação está marcada para acontecer em frente à casa de saúde.

COMÉRCIO: não há, por parte do Sindicato dos Empregados no Comércio da Capital, orientação para que as lojas fechem nesta sexta-feira.