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Operação Lava-Jato

Defesa de Barusco fala em piora de câncer e pede cancelamento de acareação

E-gerente de Serviços da Petrobras foi convocado para acareações na quarta e quinta-feira

07/07/2015 - 05h07min

Atualizada em: 07/07/2015 - 05h07min


Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Em março, Barusco afirmou à CPI que, em 1997, passou a receber propina por iniciativa pessoal

A defesa do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que sejam suspensas duas acareações para qual ele foi convocado esta semana na CPI da Petrobras. Os advogados de Barusco pediram que a Corte suspenda a convocação do réu alegando sofre de câncer e de que seria necessária autorização de seus médicos.

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Para justificar o pedido de suspensão de acareações marcadas para os dias 8 e 9 (quarta e quinta-feira), respectivamente com o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. A defesa alega que o réu sofre de "câncer ósseo, grave moléstia que, por haver piorado no último mês, dificulta o seu deslocamento e permanência nas audiências de acareação", diz a peça apresentada ao Supremo.

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A advogada de Barusco, Beatriz Catta Petra, acrescenta que o pedido foi levado ao Judiciário após negativa do presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), de cancelar a acareação. Ela lembra ainda que o ex-gerente já compareceu a outra sessão da CPI por onde permaneceu depondo por mais de seis horas. Por último, a advogada lembra que na ocasião em que Barusco esteve na Câmara havia pedido de que a sessão fosse secreta, evitando a exploração da doença pelos parlamentares e que, apesar de acordo para que não houvesse pergunta a respeito, o ex-gerente teve de responder questionamentos sobre o fato de ter câncer.

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Silêncio

O pedido será analisado pelo ministro Celso de Mello, que está no plantão do Judiciário devido ao recesso. Na semana passada, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, rejeitou pedido apresentado por Duque para cancelar a acareação com Barusco. Contudo, o ministro concedeu habeas corpus garantindo o direito de o ex-diretor e Vaccari de permanecerem em silêncio durante a sessão da CPI na Câmara dos Deputados.

* Estadão Conteúdo


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