O Inter vacilou no Beira-Rio que o protege em 2015. Perdeu pela segunda vez em 22 jogos. O torcedor deixou o estádio antes do final da partida contra o Atlético-MG, segundos depois do terceiro e último gol. Vaiou enquanto procurava a saída neste domingo de inverno.

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Não gritou apenas pelo péssimo resultado. Reclamou por tudo que cerca o time 10 dias antes da primeira partida das semifinais da Libertadores.

A insatisfação tinha outros motivos fortes, mas o mesmo endereço. Nos últimos 180 minutos, o Inter sofreu seis gols, perdeu duas partidas, exibiu dois times frágeis e afundou na tabela do Brasileirão. O time competitivo sumiu logo quando precisava se mostrar bem mais organizado e muito mais forte.

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As desculpas pelas últimas más jornadas encheriam um livro de 150 páginas. Começariam pelas lesões, envolveriam o acelerado rodízio de atletas e tocariam na insistência com quem pouco produz. Diego Aguirre voltou a ser o alvo da ira. Mas o treinador não faz nada sem o ok da direção. O troca-troca de jogadores não caiu do Céu. Foi pensado e aprovado.

A derrota mostrou o Inter real, inseguro e desentrosado, longe da equipe que encheu de esperança o colorado entre maio e junho. Aguirre tem três tarefas entre sessões de treinos e duas partidas pelo Brasileirão: reorganizar um time em uma semana e meia, recuperar o futebol competitivo e garantir a volta da confiança.

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Não é pouco. Não se volta ao melhor futebol só trocando de competição, pulando da menor para a maior. É preciso mais. O torcedor é inteligente, sabe.

Atlético-MG quebrou um tabu de 29 anos contra o Inter e assumiu a liderança do Brasileirão.

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