Economia



Sem trégua

Mercado aumenta estimativa da inflação para 2015 pela 12ª semana seguida

No sentido contrário, a projeção do IPCA para 2016 diminuiu

06/07/2015 - 09h32min

Atualizada em: 06/07/2015 - 09h32min


Ronald Mendes / Agencia RBS
Número indica a alta dos preços ao consumidor

Pela 12ª rodada consecutiva, o mercado revisou a estimativa da inflação para 2015 para cima. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 9,04%, na semana passada, a expectativa era de 9%.

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Há um mês, essa projeção estava em 8,46%. No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.

No Top 5, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a mediana das estimativas para o IPCA de 2015 passou de 8,92% para 9,04%. Há um mês, estava em 8,88%.

Para o curto prazo, também foram vistos aumentos. No caso de junho, a mediana das previsões passou de 0,72% para 0,74%. Há um mês estava em 0,40%. No de julho, a estimativa apresentada na Focus subiu de 0,41% para 0,43% de uma semana para outra - ante 0,32% de quatro edições atrás. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente foram reduzidas e passaram de 5,99% para 5,92%. Há quatro semanas, estavam em 5,95%.

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2016

Após seis semanas consecutivas paralisada em 5,50%, a previsão do mercado financeiro para o IPCA de 2016 passou para 5,45%, A mudança é comemorada pelo BC, que vinha enfatizando a inflexibilidade das estimativas mesmo com a continuidade de alta da Selic e de discursos e pronunciamentos mais duros do BC em relação ao combate à inflação.

Esse período é o foco da autoridade monetária neste momento, já que o BC promete entregar a inflação no centro da meta no fim do ano de 2016. Pelos cálculos da instituição, o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. A luta da instituição no momento é tentar convencer o mercado de que chegará ao centro da meta em 2016, daí a expectativa de que as estimativas dos analistas para o final desse ano se reduzam.
 
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