Cada um por si
Avenida da Capital com mais mortes tem rotina de desrespeito no trânsito
De janeiro a julho, foram registrados cinco acidentes fatais na Assis Brasil, sendo quatro deles atropelamentos. Moradores opinam sobre as causas dos números elevados
A Assis Brasil, na Zona Norte, lidera o ranking das avenidas com mais mortes no trânsito em Porto Alegre. De acordo com dados da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC), de janeiro a julho, ocorreram cinco acidentes fatais, sendo quatro deles por atropelamento. Outras 152 pessoas ficaram feridas em 502 acidentes ao longo da via.
Quem mora ou trabalha ao longo da via aponta a falta de respeito como a principal explicação para estes números.
Beatriz Estlai atua há pouco tempo como vendedora na Assis Brasil. Ela diz que ainda não viu nenhum acidente, mas está certa de que "logo mais" vai ver:
- Quando o sinal está fechado, o que mais eu vejo é motoqueiro passando - relata, destacando que muitos condutores abusam porque não são punidos.
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Ela também destaca a responsabilidade de quem atravessa a avenida:
- Eles (os pedestres) não respeitam. O sinal está fechado para eles e eles passam, os carros param muito perto deles. Por um lado é culpa dos motoristas, mas muito é culpa dos pedestres.
Carlos Henrique Matos, aposentado, diz que já viu muitos acidentes na via. Conta que as pessoas não cuidam, e atravessam a avenida correndo. Charlene Abdulack, técnica em enfermagem, mora na avenida e, além de colisões de moto, também presenciou muitos atropelamentos - "por culpa dos dois, tanto do pedestre, quanto do motorista". Ressalta que não se sente segura:
- Eu levo meu filho no colégio, e para atravessar é muito perigoso. Mesmo com o sinal para a gente atravessar, eles (os condutores) passam. Ou param em cima da faixa.
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