Paralisação de servidores
Brigada Militar põe alunos-PMs para suprir ausência de policiais nas ruas
Apesar da paralisação de servidores públicos, os moradores de Porto Alegre tiveram sinais de normalidade na área da segurança na manhã desta segunda-feira
Apesar da paralisação de servidores públicos, os moradores de Porto Alegre tiveram sinais de normalidade na área da segurança na manhã desta segunda-feira. Pelos diversos bairros, duplas de brigadianos a cavalo, de bicicleta e a pé foram vistas circulando - cena não muito diferente dos dias comuns.
No Centro, a falta de efetivo do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foi compensada pela presença de 49 homens da Academia de Polícia Militar. Na Praça XV, local onde está localizada a 1ª Companhia da Brigada Militar, as viaturas ficaram estacionadas durante a manhã. Quem passava por ali perguntava sobre reforço na segurança. A resposta vinha da capitã Cristiane Silveira:
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- Estamos funcionando normalmente. Nada de atípico por aqui - disse ela.
No Centro Integrado de Segurança Pública do bairro Intercap, onde a Polícia Civil e Brigada Militar dividem o mesmo espaço físico, os servidores foram trabalhar, mas não fizeram atendimento ao público. No guichê da delegacia, a exceção era apenas para crimes contra a vida, como lesão corporal e estupro.
Segundo o chefe de investigação Emerson Aires, o objetivo da parada é informar a sociedade.
- Torcemos para que não aconteça nada de grave. Mas a probabilidade de que hoje tenha um aumento da criminalidade é altíssimo - disse.
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No Batalhão de Operações Especiais (BOE), o pátio encontrava-se cheio de viaturas e o trabalho dos brigadianos funcionou normalmente.
Até o fim da manhã, as esposas dos brigadianos que impediam a saída de policiais na Avenida Praia de Belas, no 1º e 9º BPM, permaneciam no plantão em frente ao portão. Cerca de 20 a 30 policiais saíram para trabalhar. No interior do quartel, a informação é de que cerca de 90 brigadianos estariam sem trabalhar.
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No Presídio Central, a movimentação não foi atípica. Segundo agentes da Susepe, a paralisação em todas as penitenciárias do Estado consiste na suspensão da movimentações internas, audiências e transferências de presos. Alimentação, procedimento médico e serviços de limpeza seguem.
- Os colegas de plantão trabalham normalmente, para não haver risco de rebelião. Mas nós paramos para protestar contra esse caos que está a segurança. Para trabalhar, a gente teria que descumprir a lei, pois está com colete vencido, carro com IPVA atrasado, tudo irregular - diz um funcionário da Susepe que prefere não se identificar.
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Até o dia 18, quando ocorre reunião geral que decidirá sobre possível greve dos servidores públicos, a Polícia Civil faz operação padrão, de funcionamento em regime parcial.
- Há horas denunciamos aumento da criminalidade e brutalidade. Agora, juntou a questão do salário e paramos mesmo - diz Isaac Ortiz, presidente do sindicato dos agentes da polícia civil.
Segundo ele, a aparência de uma manhã tranquila foi "maquiada" pela presença dos alunos-PMs no Centro. Ortiz afirmou ter tomado conhecimento de arrastões e roubos na região central da cidade.
Veja imagens da manhã de protestos e paralisações:
* Zero Hora