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Investigação perto do fim

Cinco devem ser indiciados por esquartejamento em Porto Alegre

Vandré, assassino confesso, idosa que seria sua companheira, dois irmãos dele e sogro da vítima serão responsabilizados nos próximos dias

31/08/2015 - 18h39min

Atualizada em: 31/08/2015 - 18h39min


Marcelo Oliveira / Agencia RBS
Vandré, 25 anos, confessou crime à polícia. Ele foi colega de trabalho e era amigo de Cíntia, 34 anos

A Polícia Civil conclui nos próximos dias o inquérito sobre o assassinato e esquartejamento de Cíntia Beatriz Lacerda Glufke, 34 anos, com possibilidade de indiciar até cinco pessoas.

São elas: o recepcionista de hotel Vandré Centeno do Carmo, 25 anos, uma idosa de 70 anos que seria sua namorada, dois irmãos mais jovens de Vandré  e o microempresário Werner Glufke, 63 anos, sogro de Cíntia. Com exceção da idosa, todos estão presos.

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Dois irmãos de assassino confesso são presos

Autor confesso, Vandré será indiciado por homicídio e ocultação de cadáver - mesmo crime ao qual serão responsabilizados os irmãos dele e a namorada. Quanto a Werner, a polícia segue checando álibis e aguarda um novo depoimento dele para esclarecer questões consideradas nebulosas.

- Se ele não conseguir explicar contradições, vai ser indiciado como mandante do crime - afirma a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, da 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (5ª DHPP).

Contradições em depoimentos

Uma dessas contradições se refere a um disco de serra apreendido na casa de Werner, em Novo Hamburgo. Segundo um familiar, a serra teria sido emprestada por um amigo no dia da morte de Cíntia (7 de agosto) para abrir um buraco em uma caixa de correspondência. Em depoimento, Werner não falou sobre o assunto.

- Considero o episódio um esquecimento natural. As pessoas não lembram nem o que comeram no dia anterior. Não vejo como algo preocupante. Werner nunca viu o Vandré - afirma Jamil Abdo, advogado do microempresário.

Vandré e Werner estão presos preventivamente desde 21 de agosto. Ao admitir a morte, o recepcionista alegou que Cíntia o ameaçava e que Werner também tinha envolvimento no crime por divergências com a nora.

O marido de Cíntia (leia entrevista dele à reportagem), no dia do crime, estava nos Estados Unidos. Depois, Vandré voltou atrás, isentando Werner, mas a polícia segue suspeitando dele.

Os irmão de Vandré, de 18 e 20 anos, presos temporariamente por 30 dias, também inocentaram Werner e admitiram que foram forçados a ajudar a enterrar o tronco de Cíntia na pátio da casa deles, na Capital. Braços e pernas de Cíntia foram abandonados dentro de uma mala no lixão de São Joaquim (SC), para onde viajou Vandré e uma idosa.

Os dois passaram um final de semana na casa de familiares dela, a quem a idosa apresentou Vandré como seu namorado. Segundo a polícia, Vandré costumava dormir na casa da idosa, e os dois já teriam viajado juntos para a Europa, após ela vender dois imóveis.

Confira o vídeo em que Vandré confessa o assassinato de Cíntia.

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Vandré contou que, depois do assassinato, esquartejou o corpo de Cíntia. O tronco e a cabeça foram enrolados em um lençol, enterrados e cimentados no pátio em frente à casa de Vandré, na Vila Mário Quintana, no bairro Rubem Berta, zona norte da Capital. O assassino confesso levou a polícia até o local.

Em outro vídeo, confira quando Vandré deixa a rodoviária de Porto Alegre com partes do corpo em uma mala




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