O Ministério Público denunciou nesta segunda-feira o ex-prefeito de São Leopoldo Ary José Vanazzi (PT) e outras 23 pessoas por formação de quadrilha, dispensas de licitações, fraudes em licitações e peculato (desvio de verbas por servidores públicos), em um total de 37 irregularidades.

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Entre os suspeitos dos crimes, estão empresários, secretários municipais e servidores públicos. A denúncia é assinada pelos promotores de Justiça Tomaz Coletto, Sergio Luiz Rodrigues e Alexandra Carniel.

Com base em operação da Polícia Civil, dados da auditoria do Tribunal de Contas do Estado e depoimentos, a investigação aponta que houve um esquema no poder executivo do município para beneficiar um empresário e o estabelecimento do qual era sócio administrador. Os contratos fraudados, segundo o MP, seriam para a prestação de serviços de portaria de cemitérios municipais e prédios públicos, zeladoria de praças, instalação de equipamentos, limpeza e conservação de prédios, fornecimento de alimentação, desmanche de casas e segurança.

A prática consistiria em contrato com o empresário, por dispensa de licitação, sem o cumprimento de exigências legais ou, ainda, ocasionalmente, por meio da modalidade convite, com uso de meios fraudulentos. Depois, de acordo com a denúncia, o esquema teria sido ampliado a partir da criação de uma nova empresa, em janeiro de 2011. A irmã do empresário seria laranja no esquema.

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Procurado, Ary Vanazzi alegou que não havia sido notificado sobre o processo e que irá montar a sua defesa, caso a Justiça aceite a denúncia.

- Primeiro que, depois de três anos e meio de investigação, não consegui saber do que se trataram as operações. Até agora, não tinha sido notificado sobre o processo. Então, agora que o MP ofereceu a denúncia, vamos tomar conhecimento e nos defender. O bom é que agora podemos saber do que estamos sendo acusados. Vamos constituir as provas que forem necessárias - argumentou o ex-prefeito.