Crise financeira
Governo pede novamente compreensão: "Situação pode piorar"
Chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, reconhece protesto de servidores, mas afirma não ter como pagar salários integrais

Novamente interlocutor do governo do Estado com os servidores públicos, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, não garantiu o pagamento integral dos salários do funcionalismo nos próximos meses. Ele pediu, outra vez, a compreensão dos trabalhadores, e aposta no aperto do ajuste fiscal, com apoio da Assembleia, para equilibrar as contas públicas. O secretário reconheceu a importância da manifestação desta segunda-feira, mas disse que uma greve geral no dia 18 poderia "agravar a situação":
- O governo está em mora com o servidor e ele não é o culpado pela crise. Radicalizar um problema como o que estamos enfrentando é prejudicial. O atraso de folha não é estratégia. Infelizmente, é fato. Já sabíamos que no ano de 2015 o governo não passaria incólume.
AO VIVO: acompanhe o dia de protestos no Rio Grande do Sul
VÍDEO: Entenda como se formou a dívida pública do Estado
Um novo conjunto de medidas para o ajuste fiscal deve ser apresentado nessa semana na Assembleia para amenizar a crise. Privatizações e aumento de impostos são alternativas estudadas pelo Executivo. Biolchi defende que o governo se desdobre para achar soluções e pede que não personalizem o atraso nos salários com José Ivo Sartori.
- Se nós nos fragmentarmos e fulanizarmos no governador, num secretário ou num projeto, a situação pode se agravar ainda mais - disse.
O encontro não foi bem recebido pelas lideranças sindicais. O presidente do Sincato dos Servidores Penitenciários (Amapergs), Flávio Berneira, fala em mobilização histórica no dia 18 de agosto.
Entenda a história do endividamento no Estado
Gasto do governo do RS com pessoal se aproxima do limite
- Foi violado o direito mais sagrado do servidor público: alimentar sua família. Esse Estado vai viver dias sombrios, de apagão geral. Permanecendo essa situação, teremos uma greve histórica, sem precedentes, no Rio Grande do Sul - acredita Berneira.
* Zero Hora