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Operação-padrão da Polícia Civil tem adesão parcial em delegacias da Capital

Orientação foi repassada pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado, mas nem todas unidades aderiram à restrição

04/08/2015 - 15h55min

Atualizada em: 04/08/2015 - 15h55min


Débora Ely
Débora Ely
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Débora Ely / Agência RBS
Cartaz em frente à 16ª DP, no bairro Restinga, em Porto Alegre, cartaz orienta quais ocorrências podem ser registradas pela Delegacia Online

Na terça-feira que sucedeu o dia de protestos e suspensão de serviços motivados pelo parcelamento de salários do Executivo no Rio Grande do Sul, delegacias de polícia mantiveram a restrição de alguns serviços à população, na chamada operação-padrão. A manifestação consiste no não registro de ocorrências que podem ser feitos online nas unidades. Em Porto Alegre, porém, nem todas aderiram à restrição.

Orientada pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep) após assembleia na sexta-feira, a redução no atendimento segue até o pagamento integral dos vencimentos da corporação. Na manhã desta terça-feira, em ronda pelas delegacias da Capital, Zero Hora não constatou transtornos diretos à população ocasionados pela medida.

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- Tivemos o cuidado de tomar uma decisão na assembleia pensando, também, na sociedade. Sei que algumas medidas adotadas não são sempre bem vistas, mas o serviço daqueles casos de maior gravidade está sendo realizado - diz o vice-presidente administrativo da Asdep, Fábio Motta Lopes.

Duas unidades visitadas pela reportagem estavam, inclusive, registrando até mesmo aqueles casos aptos a serem comunicados online (perda de documentos, acidentes de trânsito sem vítima, furtos simples, crimes contra a honra, maus-tratos contra animais e perturbação da tranquilidade): a 2ª Delegacia de Polícia (DP), no bairro Menino Deus, e a 4ª DP, no São João. Já na 16ª DP, na Restinga, e na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) localizada no Palácio da Polícia, agentes informaram que ocorrências que podem ser feitas pela internet não estavam sendo atendidas.

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Segundo Lopes, investigações de crimes cometidos sem violência estão suspensas no Estado, mas aquelas em que a vítima corre um eventual risco de vida seguem mantidas. A categoria também interrompeu a realização de operações especiais e, a partir de 17 de agosto, cortará o serviço de sobreaviso.

Na segunda-feira marcada por manifestações de servidores estaduais e paralisação de serviços no Estado, DPs só atenderam a casos de crimes contra a vida (como homicídio, estupro e Lei Maria da Penha). Na 2ª DP, para se ter uma ideia, foram registradas 12 ocorrências, quando o normal ultrapassa 50.

* Zero Hora


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