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Crise no RS

Sindicato de agentes diz que pode "abandonar os presídios" do Estado

Servidores farão uma plenária às 16h desta segunda-feira para discutir um prolongamento da greve

31/08/2015 - 11h42min

Atualizada em: 31/08/2015 - 11h42min


Lauro Alves / Agencia RBS
Apenas o Presídio Central (foto), em Porto Alegre, e a PEJ, em Charqueadas, são vigiadas pela BM

Indignado com o que considera um "deboche" do governador José Ivo Sartori, que autorizou o pagamento de apenas R$ 600 nas contas do funcionalismo estadual nesta segunda-feira, o presidente do sindicato dos agentes penitenciários do Estado (Amapergs) fala em abandono dos servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) de todos os presídios gaúchos. As primeiras cidades afetadas seriam Charqueadas, Bagé, Pelotas e Santana do Livramento, de acordo com Flávio Berneira. Ele garante que até terça-feira pelo menos uma penitenciária será esvaziada como forma de alerta:

- Temos uma adesão total da categoria. É uma situação de indignação. Estamos provocando os agentes a um abandono total dos presídios. Estamos na iminência de que isso ocorra. Até então, o movimento era de paralisação parcial.

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Em 2002, centenas de PMs tiveram de sair das ruas e ir para as cadeias devido a uma greve dos agentes. Mais de 20 casas, em cidades como Caxias do Sul, Ijuí, Bento Gonçalves, Pelotas e Bagé, sofreram intervenção da Brigada. À época, o Estado era governado por Olívio Dutra (PT) e os servidores queriam pagamento de horas extras e melhorias nas condições de trabalho.

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Em encontro na sede da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs) na manhã desta segunda-feira, Berneira ressaltou que a imagem de Sartori dançando na Expointer, aliada à esquiva do governador em comentar o parcelamento no domingo, foi o estopim para mobilizar ainda mais o funcionalismo estadual.

Servidores sinalizam greve prolongada e "parcelada" no Estado

- A indignação se ampliou muito com a postura de deboche do governador na aparição que fez na Expointer. Uma demonstração pública de total descaso com os servidores. Isso revoltou por demais a categoria - afirmou Berneira.

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Os servidores farão uma plenária às 16h desta segunda-feira para discutir um prolongamento da greve, anunciada para ocorrer entre hoje e quinta-feira. A confirmação do pagamento de R$ 600 motivou as 44 categorias a buscar um consenso para aprofundar a mobilização.

O calendário de pagamento do funcionalismo

- Dia 31/8 (segunda-feira): Parcela líquida de R$ 600,00

- Até o dia 11/9 (sexta-feira): Parcela líquida de R$ 800,00 (R$ 1.400,00: 32% dos vínculos)

- Até o dia 15/9 (terça-feira): Parcela líquida de R$ 1.400,00 (R$ 2.800,00: 67% dos vínculos)

- Até o dia 22/9 (terça-feira): Parcela complementar (100% dos servidores do Poder Executivo - ativos, inativos, pensões previdenciárias e pensões alimentícias)

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