Opinião
Diogo Olivier: Ronaldinho e o clube do ódio
*ZHESPORTES
Suplemento encartado em ZH às sextas-feiras, o ATL Paper perguntou a Ronaldinho se ele jogaria no Inter, entre outras questões. Claro que tinha de perguntar. E se ele responde que sim, numa rivalidade como a nossa, na qual vários jogadores vestiram as duas camisetas?
Diogo Olivier: Ronaldinho não vai pendurar as chuteiras
Seria um furo estratosférico, na voz do único gaúcho um dia celebrado como o melhor do mundo. O ATL, portanto, cumpriu o seu papel de perguntar. Ronaldinho, que nunca tinha pensado nisso e só respondeu porque foi perguntado, fez a sua parte na condição de entrevistado. Educadamente, respondeu que respeita a torcida do Inter, mas recusou a ideia por ser torcedor do Grêmio.
Qual a polêmica disso?
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Nenhuma. Pergunta óbvia, resposta óbvia, ambas devidamente registradas na entrevista. Pois não é que sobrou para o ATL e para Ronaldinho, das mais variadas formas? Os dois apanharam nas redes sociais, reino da distorção, da descontextualização e de um certo exibicionismo.
As pessoas entendem o que querem, e não o que foi escrito ou dito. Não é novidade, eu sei. Só eu mesmo para ainda me espantar. Mas parece que só piora. É o clube do ódio.