Porto Alegre



Carona polêmica

Uber amplia a busca por profissionais em Porto Alegre

Além de gerente geral, agora a empresa procura gerentes de marketing e de operações

10/10/2015 - 14h47min

Atualizada em: 10/10/2015 - 14h47min


Marcelo Gonzatto
Marcelo Gonzatto
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Uber / Divulgação
Uber opera em quatro capitais brasileiras até o momento

Motivo de controvérsia em capitais como Rio e São Paulo, onde já está presente, o Uber ampliou a busca por profissionais em Porto Alegre.

O serviço, que utiliza um aplicativo para conectar passageiros e motoristas em um sistema de caronas remuneradas, é alvo de críticas de taxistas e visto com reservas por prefeituras. Em Porto Alegre, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) sustenta que qualquer atividade dessa natureza precisaria de licença municipal para funcionar.

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Por meio de seu site na internet, o Uber já havia anunciado a busca por um gerente geral em Porto Alegre. Agora, outros dois profissionais são buscados na cidade: gerente de marketing e gerente de operações e logística. As atribuições do gerente de marketing seriam "construir uma base de usuários do zero" e garantir a satisfação dos clientes com o serviço.

As atribuições do gerente de operações e logística incluem gerenciar a frota de veículos, planejar recrutamentos de motoristas e uma eventual expansão do serviço de caronas. Para esse trabalho, o Uber pede experiência de dois a quatro anos em áreas como consultoria, marketing ou gerência de operações, além de capacidade de tomar decisões com base em análises de dados, entre outros atributos.

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Procurada por Zero Hora, a assessoria de imprensa da empresa informou que a abertura das vagas não representa um plano de expansão iminente para a Capital. Segundo o comunicado, como é difícil encontrar profissionais que atendam aos padrões da empresa, seria comum abrir a busca por funcionários mesmo sem perspectiva imediata de instalação em uma cidade.

Mas a discrição também pode ter relação com a tentativa de minimizar as polêmicas envolvendo o aplicativo no Brasil. Em várias cidades, como Rio e São Paulo, os taxistas protestam contra a nova concorrente, e projetos de lei são apresentados para tentar tornar esse tipo de carona paga ilegal. Em setembro, por exemplo, Canoas aprovou uma proposta que proíbe o uso de "carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado individual de pessoas". Segundo o autor da proposta, o vereador Betinho do Cartório (PTB), a intenção seria evitar a implantação de um negócio que não reverteria em pagamento de tributos ao município.

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Atualmente, o aplicativo está presente em quatro cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Em manifestação recente sobre a possibilidade de o serviço ser implantado em Porto Alegre, o presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, sustentou que a lei 11.582, de fevereiro de 2014, classificaria o serviço prestado pelo Uber como "clandestino". Isso porque o serviço precisaria de autorização do poder público, como as permissões de táxis, para operar. O descumprimento gera multa de R$ 5,5 mil e apreensão do veículo.


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