O empate com sabor de derrota diante do Fluminense foi um resumo melancólico do 2015 colorado. Quantas vezes se viu o mesmo filme? Começa bem, marcando gol, parece até que vai fazer escore e saldo na tabela mas, aos poucos, o gás falta e os papéis se invertem.

O meio-campo morre e a bomba estoura nos zagueiros. Muda só o tempo da transfiguração, de dominador para dominado. Desta vez foi no segundo, mas já houve casos em que se deu antes do intervalo. Não merece Libertadores. Se passou 37 rodadas fora do G-4, porque entraria na 38ª?

É bem possível que o Inter faça uma Copa do Mundo contra o Cruzeiro e ganhe, entregando sua sorte ao instável São Paulo em Goiânia, contra um Goiás precisando vencer para escapar da degola. Se o milagre acontecer, tudo bem? Não. Desfalcado, o Inter vence o Grêmio. Com os titulares, leva 3 a 0 do Avaí. Passa por cima do Corinthians, mas some diante da Chapecoense.

É sempre uma no cravo e outra na ferradura. Não há padrão ou regularidade em bom nível por meia dúzia de partidas. Não há como levar familiares ao vestiário sempre. O Inter fez bem em não desistir de Vitinho. Os jovens oscilam. Insisti nisso quando o chamavam de siri na lata, jargão para o atacante que só se mexe. No Grêmio, Luan também sofreu com os apressados.

Vitinho tem a rara virtude do chute. Seus gols solitários deram ao Inter 15 pontos. O problema é que os outros reforços fracassaram, explicando muito das derrotas pós-Gauchão. Anderson fechará o ano sem aguentar um jogo inteiro. Como é possível? O emblema dessa turma é Lisandro López. A chance de vaga no G-4 esteve nos seus pés no Maracanã, mas errou de novo. Poucas vezes um jogador recebeu tantas chances sem merecer, barrando outras alternativas.