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Jamil Chade: "A Copa do Mundo no Brasil chacoalhou o sistema da Fifa"

Correspondente do Estadão na Suíça fala sobre a entidade na qual se especializou

28/11/2015 - 12h03min

Atualizada em: 28/11/2015 - 12h03min


André Baibich
André Baibich
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Mateus Bruxel / Agencia RBS

Jamil Chade estava em um trem de Genebra a Zurique, onde cobriria mais um Congresso Anual da Fifa, quando estourou a bomba que mudou para sempre o futebol mundial. Ao acessar o site do New York Times, soube da operação do FBI que prendeu sete dirigentes da entidade em um hotel de luxo.

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Foi das poucas vezes nos últimos anos em que Jamil foi surpreendido com alguma notícia sobre a Fifa. Em geral, é o correspondente do jornal O Estado de São Paulo na Suíça quem surpreende outros repórteres com suas revelações.

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Os bastidores da entidade e as negociatas de propinas para dirigentes são tema de seu mais novo livro. Política, Propina e Futebol (Editora Objetiva, R$ 30, 336 páginas), lançado na última terça-feira em Porto Alegre, recupera a trajetória de desmandos e corrupção no esporte, tudo contado com detalhes que permitem ao leitor uma espiada no ambiente que o autor classifica como "blindado".

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Entre narrativas dos subornos que levaram dirigentes à prisão, Jamil relembra o passado sujo para mostrar que a lama não se limita ao que o FBI apura em sua investigação. Mostra, por exemplo, os repasses da gestão Blatter a pequenas federações nacionais para garantir o apoio político que o tornou tão poderoso.

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Camuflados de investimentos para o "desenvolvimento do futebol", os montantes eram dados sem o compromisso de contrapartidas que garantissem seu alegado fim. Na verdade, depois de entregue o dinheiro e estabelecida a lealdade política do novo aliado, pouco importava à Fifa se novos campos de futebol seriam construídos. O real objetivo já estava cumprido.

O livro também traça a relação entre as jornadas de 2013 no Brasil, em meio à Copa das Confederações, com os desdobramentos da investigação americana e uma mudança de paradigma na organização de megaeventos esportivos.

Nesta conversa com ZH, Jamil fala das dificuldades de buscar informações sobre uma entidade fechada, projeta o futuro da Fifa e da CBF e avalia como o Brasil se prepara para os Jogos Olímpicos de 2016.

Como se faz o trabalho de repórter com o foco em uma entidade fechada como a Fifa?
A Fifa, como entidade, é blindada. Era, pelo menos. Blindada em termos financeiros e jurídicos. Tinha várias isenções, inclusive legais na Suíça. A gente só conhece o que está acontecendo quando há uma crise de poder. É neste momento que as coisas vazam. A disputa pelo poder é muito intensa e permanente. Nesses momentos é que o repórter aproveita para saber o que está acontecendo e fazer fontes. Fazer fontes na Fifa é impossível em um período curto de tempo. É uma construção lenta. As pessoas que estão ali dentro têm diferentes lealdades. Quando elas são rompidas, é o momento em que o vazamento acontece. Levei bastante tempo para entender isso. A Fifa faz comunicação, não informação. Não tem nenhum compromisso com a verdade, mas sim com as versões.

Como era a relação com a comunicação da Fifa no momento em que ela era desmentida pela imprensa com documentos?
É um enfrentamento. A relação entre os correspondentes e a assessoria de imprensa é conflitiva. Um governo, mesmo que tente camuflar algum número, é obrigado a publicar que tem um déficit. A Fifa consegue esconder até isso. Esconde do salário de um dirigente até o real motivo da mudança de sede de uma Copa do Mundo. Até quando você chega com documentos, a assessoria de imprensa diz que é só uma parte da história, e apresenta a outra parte. E quando você questiona se há provas para sustentar a versão, eles dizem que não. A Fifa não tem, no jornalista, uma figura de diálogo. E há um agravante que faz parte do problema do futebol. Parte da imprensa é, também, parceira comercial da Fifa. Aquele parceiro comercial vai veicular a versão da Fifa. E você fica nu.

Como você circulava no ambiente de hotéis e congressos da Fifa em busca de informações?
As coisas não acontecem na Fifa. Quando há as reuniões, as decisões já foram tomadas. A impressão de que ali no Comitê Executivo vai haver um debate é falsa. Isso acontece nos lobbies dos hotéis. Para o jornalista, identificar que, por exemplo, o Chuck Blazer (ex-membro do Comitê Executivo da Fifa e delator do Fifagate no FBI) é uma fonte, é complicado. Você vê aquela pessoa que, aparentemente, não fala nada com nada. É um bon-vivant, sempre comendo e bebendo. Só fala de amenidades. Mas na verdade, é absolutamente central. Muito do tempo que eu gastei nesses hotéis foi falando de absolutamente nada. E criando algum tipo de vínculo com essas pessoas. Lembro da quantidade de entrevistas em que saía com nada. Mas o objetivo não era sair com alguma coisa. Era criar uma relação com uma pessoa que, eventualmente, possa abrir algum segredo. É uma cobertura de pequenas histórias. Não é uma grande entrevista que vai revelar tudo.

Que projeção se pode fazer do futuro da Fifa após o escândalo?
Acho que não tem como a Fifa voltar a ser o que era. As pessoas estão sendo, de fato, punidas. Indo para a prisão, sendo multadas em valores exorbitantes. Foi um divisor de águas na história do futebol. Não é só a estrutura política do futebol que vai mudar, há também a possibilidade de uma mudança na distribuição da renda do futebol. Hoje há uma concentração absurda de renda. Os 20 maiores clubes movimentam US$ 6 bilhões. Durante a Guerra Fria, havia a possibilidade do Steaua Bucarest estar na final da Liga dos Campeões. Hoje isso não existe. A estrutura da Fifa reflete o que chamo de sequestro do futebol, que representou também a criação de uma espécie de liga dos poderosos. Se você limita tudo a 30 clubes, fica bem mais rentável para eles. Eu insisto em um ponto: tanto faz quem vai ser o próximo presidente. O que vai importar é se teremos uma reforma ou não. Se ela não acontecer, existe uma chance deste sistema clientelista ser mantido.

O que precisa ser tratado nesta reforma?
A reforma precisa criar um sistema em que o presidente não possa controlar o futebol. Ele não é o futebol, é apenas um administrador. Se isso acontecer de forma profunda, pode ser criado um sistema em que essa renda é melhor distribuída. Hoje, por exemplo, a gente sabe mais ou menos quanto a Fifa dá em ajuda às federações nacionais. Mas a gente não sabe o que acontece com o dinheiro depois que a federação recebe. Uma reforma que diga que esse dinheiro tem de ser alvo de auditoria mudaria as estruturas. Existe uma conversa forte de que uma nova Fifa precisa ser criada. Temos de saber que entidade será essa. Se será uma Fifa que prioriza a Europa em detrimento da América do Sul e da África. Será que isso é bom? As perguntas estão no ar. O discurso pode ser de uma nova Fifa europeizada para "limpar esses corruptos da América do Sul". Só que essa história mostra que a corrupção é generalizada, e faz parte do sistema.

Um trecho do livro mostra que a defesa judicial da Fifa à acusação de que nomes como Ricardo Teixeira e João Havelange receberam propinas da ISL era de que a corrupção faz parte do modo de vida sul-americano. Este tipo de preconceito está presente na entidade?
Existe. Aquela frase do "chute no traseiro" (o ex-secretário-geral, Jérôme Valcke, disse antes da Copa que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para acelerar as obras) mostra um pouco isso, essa mentalidade de que eles precisam nos pegar pela mão para fazer as coisas. Foi assim que a Fifa tratou o Brasil. Por isso que eu digo: eles vieram com os espelhinhos. "Vamos trocar os espelhinhos por uma mina de ouro?". Foi isso que aconteceu. Mas é de uma ingenuidade absurda achar que a população brasileira ia cair nessa. Não caiu. E isso, gente do FBI e de dentro da Fifa me disse. As prisões, a operação policial, são resultado de uma investigação que já estava rolando. Mas quando se viu que na meca do futebol a Copa do Mundo era questionada, percebeu-se a legitimidade para dar um passo adiante e expor essa entidade. Nem no país do futebol, ela consegue ter algum tipo de credibilidade. A Copa do Mundo foi mais simbólica do que as prisões. Foi o momento em que a Fifa entendeu que não dava mais para enganar ninguém. A Copa foi espetacular, uma grande festa...Mas não vi ninguém dizendo que valeu a pena. Você se envolve pela paixão ao futebol, e por isso que chamo de império sedutor. Você conhece e ama aquilo desde que é moleque. E é justamente este o crime: não o desvio de R$ 2 milhões aqui ou ali, é se apropriar dessa emoção.

Qual o real impacto dos protestos no Brasil em 2013 nas estruturas da Fifa?
Foi um processo, que não se limitou a 27 de maio de 2015 (dia das prisões dos executivos na Suíça). A Copa do Mundo no Brasil vai entrar para a história dos megaeventos. Chacoalhou o sistema. A lógica que imperava era a seguinte: quanto maior o evento, maior a visibilidade do país, maior a visibilidade do político local. Em 2013, na Copa das Confederações, ninguém esperava o que aconteceu. Não vou entrar no debate se aqueles protestos eram legítimos, organizados por um partido ou outro. O impacto dele no mundo do esporte deixou todos assustados.

A Fifa reconheceu de imediato a importância dos protestos?
Em um primeiro momento, existia uma tentativa de negar que aquilo tinha relação com a Fifa. No segundo dia dos protestos, teve um evento fechado no Copacabana Palace, e o Blatter me disse: "Não estou preocupado. Assim que a bola rolar, vão esquecer isso tudo". A frase é de uma ofensa absurda. Ele disse: "O futebol é mais forte do que o descontentamento social". De novo, nós não estamos na época do espelhinho. Não venha trazer uma bola e achar que está tudo bem. A segunda fase foi de reconhecer que era sério, e aí o Blatter foge do Brasil. Fica uma negociação muito dura entre a Fifa e o governo, que poderia ameaçar a realização da Copa do Mundo. Houve uma noite em que o Valcke passou acordado negociando com o governo, justamente porque não se sabia o que estava acontecendo. A Fifa acordou, mas não podia dizer que tinha acordado publicamente. Nos bastidores, foi uma correria. Mas quem primeiro fez reformas de verdade, baseado no que estava acontecendo no Brasil, foi o COI (Comitê Olímpico Internacional). Pensou nos megaeventos internacionais. Logo depois, vimos Saint Moritz, na Suíça, fazendo um plebiscito para decidir se seria candidata aos Jogos de Inverno, e a população dizendo não. Estocolmo também. Em alguns lugares, o governo dizia não antes do plebiscito.

O megaevento passou a ser algo de que os políticos procuram se afastar.
Claro. E na Fifa, já tinha os eventos fechados em 2018 e 2022, mas no COI não. E o COI percebeu que sobraram, como candidatos aos próximos eventos, somente ditaduras. Para os Jogos de Inverno de 2022, ficou só o Cazaquistão e a China. Só duas cidades. E onde estão os valores olímpicos e humanos quando não se consegue achar uma cidade no mundo democrático que sedie o evento? É o fim do evento. E aí o COI saiu na frente, mudando para transformar a Olimpíada em um evento sustentável sob todos os aspectos, inclusive socialmente. Convidar os países a apresentarem orçamentos menores. A lógica é: no que o evento vai melhorar a vida do seu cidadão? O Japão sentiu na pele. Tinha um estádio (para os Jogos de 2020) que seria caríssimo. Eliminaram e vão construir um pela metade do preço.

Você escreve no livro que é "a vez do torcedor". Por que?
Este é um processo que começou com o questionamento de um evento. A gente não terminou o processo, e hoje ele está na prisão das pessoas que organizaram. É muito forte a relação entre o torcedor e isso. Não é que o torcedor foi lá e prendeu. Mas você não tem como ter credibilidade quando o torcedor não lhe dá. Se a gente aplicar isso à Seleção Brasileira, há quem diga que tem que queimar a camisa e não torcer mais. Não. Temos de pedir transparência para melhorar. Por que não um protesto em um jogo da Seleção em que todo mundo vira de costas para o campo? São exemplos que mostram que existe uma insatisfação real. Isso cria a pressão política para que algo seja feito.

Como você vê a situação do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, e o futuro da entidade?
Quanto ao Del Nero, fontes do FBI já me confirmaram que ele está sendo investigado. Está na fase de inquérito, antes de citar a pessoa. A questão é: que entidade é essa, em que o presidente, que está sob investigação e não pode sair do país, insiste que ele é a pessoa? O que isso demonstra dessa instituição? Demonstra que ela não tem nada a ver com o público, com o torcedor e com a gestão do futebol nacional. Ali, ele só pensa nele. Nos nossos vizinhos, o presidente da Federação Chilena saiu, o boliviano está preso, o colombiano saiu, o venezuelano está preso. O da Costa Rica está preso. O da Argentina só não está preso porque morreu. Pela primeira vez, a Conmebol vai realizar uma reunião fora de sua sede para permitir que o cara vá na reunião. Falar que ele tem de sair é uma obviedade. Ele é inocente até que se prove o contrário, mas não há como ser presidente vivendo essa situação. Quanto à CBF, só uma solução: uma transformação tão radical que você não vai ver um presidente de uma outra federação estadual assumindo, e sim uma reforma, assim como na Fifa.

Isso é mais difícil na CBF?
Muito mais. A Fifa tem 209 federações nacionais. A CBF tem 27, mais 40 clubes da primeira e segunda divisões. É um clube ainda mais fechado. Eu insisto em um ponto que, para mim, é fundamental: eles se apresentam como brasileiros, como uma entidade brasileira, que representa o Brasil. Então, não dá para ser uma entidade privada. Você tem de escolher. O Ricardo Teixeira sempre falava: "Isso é uma entidade privada". É. Mas não venha me dizer que você representa o Brasil em lugar nenhum porque você não me representa. Se a CBF escolher este caminho de que o presidente se agarra na cadeira e diz que dali não sai, então surge a questão: por que não outra entidade que represente, de fato, o futebol brasileiro? Mas é difícil. Foi um sistema construído em ao menos 40 anos. Os aliados devem favores a décadas. Eu lembro que, no Baur au Lac (hotel em que aconteceram as prisões), eu ouvi uma vez o Marin ligando para vários dirigentes. Em cada ligação, ele começava perguntando: "Como está sua esposa? Minha esposa mandou um abraço para a sua. Precisamos nos reunir". "Fulano, e aquela igreja que você vai construir? Quero ser o primeiro a visitar". Uma personificação total.

Como você vê esse movimento de clubes em torno da Primeira Liga, que muitos interpretam como embrião para uma liga que organize o Brasileirão?
A liga tem uma parte positiva e outra negativa. De positivo, ela pode criar uma renda que permita que os jogadores fiquem no Brasil. E aí você não precisa dividir essa renda com gente de fora. Esse é um sistema que pode funcionar e dá resultado financeiro. Meu questionamento é sobre o equilíbrio. Dá uma olhada no Campeonato Espanhol, que é uma liga. Nos últimos 15 anos, só três clubes foram campeões. O resto sobrevive para não cair. É preciso preservar esse equilíbrio, se não alguns clubes vão ser coadjuvantes para o resto da vida.

E qual poderia ser um modelo a seguir?
De repente pode ser o modelo americano. Com uma tentativa dos organizadores da liga para que todos os clubes tenham, mais ou menos, o mesmo nível. O pior clube do campeonato tem direito de escolher o melhor jogador. Pode ser um esquema. Mas uma das grandes belezas das competições é a possibilidade de subir e cair. Se você fechar uma liga, isso termina. A liga é legal, mas precisa ser feito em um esquema que preserve isso que é próprio do Brasil. No Interior, em cidades pequenas, o torcedor nutre aquele desejo de ver o time na primeira divisão. A liga não pode matar este sentido de competição.

Os contratos entre a CBF e parceiras que você revelou, em que há cláusulas que preveem a interferência em convocações para amistosos, nos permitem suspeitar de qualquer convocação da Seleção?
Sim (risos). A pessoa que me passou esses documentos me dizia: "Você não vai acreditar". E eu pensava no que poderia ser tão grande. Ele me deu o documento em um local que eu nem sabia onde era, em um outro país, não era nem na Suíça nem no Brasil, um esquema meio estranho. Quando chegou naquele artigo do contrato, me dei conta de que era isso que ele queria me dizer. Não tem problema em ganhar muito dinheiro. O problema é se esse dinheiro é justificado. O executivo da NFL (liga de futebol americano) ganha US$ 500 milhões por ano. Não é essa a questão. A questão é que é transparente, ele precisa declarar, e o que ele gera é muito mais do que isso. O que chamou a atenção nestes contratos não foram os valores, mas o fato de que a Seleção é um produto de marketing. Não é um esporte mais. É um contrato de um produto, que poderia ser o Mickey Mouse. Não tem uma linha no documento sobre esporte. Em uma renovação do contrato, cita situações que não poderiam se repetir, como um momento em que o Mano levou o Hulk e o David Luiz, que eram reservas. Você vê que ironia, um dos símbolos da Seleção na Copa de 2014, se aquele contrato estivesse em rigor, não teria a chance de começar.

Como você vê a forma com que o Brasil se prepara para a Olimpíada?
A Olimpíada tem um outro aspecto que é a concentração em só uma cidade. Acho que os políticos aprenderam muito com o que aconteceu na Copa, e passaram a evitar a divulgação ampla do discurso do legado. Eu não ouço mais esse papo do legado. Chega a me dar coceira quando ouço (risos). Mas tem uma história desses Jogos Olímpicos que incomoda. Aquela região, do Parque Olímpico, depois vai ser vendida como apartamentos de luxo pelas empresas que fizeram a parceria público-privada. Você pode falar que eles investiram, construíram. Tudo bem. Mas aquele terreno, que é o principal ativo para uma construtora, foi dado de graça. Vai acabar o evento e vão revender, não para a população carente, mas para um grupo privilegiado da sociedade. Então, o impacto social do evento ainda está em aberto. Essa Olimpíada ainda faz parte do velho COI, custa muito mais. E a grande questão é saber se teremos uma auditoria séria. Se o Ministério Público, o Tribunal de Contas, terão acesso a tudo para entender se aquilo foi uma grande jogada imobiliária, ou se é algo que vai ser deixado para a cidade. Não estou preocupado com atraso. "Ah, mas a imagem do Brasil para o mundo...". A questão não é ter taxista que fala inglês. Temos de nos perguntar o que, daquele evento, vai ficar.

* ZH Esportes


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