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Morte em posto de gasolina

PM que matou jovem durante briga em Camaquã deve ser indiciado por homicídio e imperícia

Soldado da Brigada Militar alegou que munições da arma que ele portava foram trocadas sem o seu conhecimento

16/11/2015 - 19h54min

Atualizada em: 16/11/2015 - 19h54min


Arquivo pessoal / Arquivo pessoal

Afastado do policiamento ostensivo em Camaquã, na Zona Sul do Estado, por problemas psicológicos, o soldado da Brigada Militar que disparou e matou o jovem Djavan Pereira Rodrigues, 22 anos, deve ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar), com o agravante de imprudência. Além disso, a conduta dele será analisada em um Inquérito Policial Militar (IPM), já em andamento. Quando retornar ao trabalho, o PM sairá das ruas e fará funções administrativas até ser julgado. Existe a possibilidade de expulsão da corporação.

Djavan foi morto depois que o brigadiano atirou contra ele com uma arma calibre 12 na madrugada do último sábado. O jovem e outras pessoas se envolveram em uma briga generalizada em um posto de gasolina em Camaquã e, para dispersar a confusão, o policial disparou, segundo alega, acreditando que a munição da espingarda era não-letal.

- De acordo com os relatos, foi dito a ele (PM) por um colega que a arma estava com munição não-letal. Ele atirou em direção à pessoa, e não para cima, porque entendia que não seria causado nenhum ferimento - afirma a delegada Vivian Sander Duarte, que investiga o caso.

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A morte do jovem mobilizou um grupo de moradores de Camaquã, que protestou no domingo e pediu justiça. O soldado prestou depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira e acabou liberado. Ele falou que um colega trocou as munições e não o comunicou. O brigadiano vai responder ao processo em liberdade, já que se apresentou e deu todos os esclarecimentos exigidos.

- O fato de ele ser policial e ter que observar regras técnicas possivelmente terá influência para o aumento da pena. Ele tinha o dever de saber que a arma estava carregada de balas letais. Vamos apurar melhor se houve responsabilidade do colega que teria efetuado a troca de munições - ressalta a delegada Vivian Sander Duarte.

* Zero Hora


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