Inéditas
Vanusa sacode a poeira e dá a volta por cima
Depois de duas décadas, cantora lança o disco "Vanusa Santos Flores", com produção de Zeca Baleiro
Como Fafá de Belém, Vanusa também despontou no panorama da música nacional como intérprete de bela voz e de estampa sedutora, fazendo charme nos programas de TV na década de 1970 ao jogar para o lado a franja loiríssima. Como a colega paraense, a paulista também traçou uma trajetória errática, emplacando sucessos como Manhãs de Setembro, Sonhos de um Palhaço e Mudanças e gravando os então novatos compositores Belchior (Paralelas) e Zé Ramalho (Avohai). Depois de um longo período de afastamento - que incluiu internações para tratamento de depressão e uma desastrada interpretação do Hino Nacional Brasileiro, que acabou viralizando na internet -, Vanusa retorna aos 68 anos pelas mãos de Zeca Baleiro em um disco com 10 faixas.
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Produzido pelo músico maranhense e lançado pela gravadora de Baleiro, Vanusa Santos Flores - nome de batismo da artista - é o primeiro álbum da cantora com inéditas em 20 anos. Zé Ramalho está de volta com O Silêncio dos Inocentes, música escrita especialmente para a cantora. Destacam-se no álbum a ótima Esperando Aviões, de Vander Lee, com direito a um belo solo de flugelhorn, Era Disso que Eu Tava Falando, que tem vocação para hit radiofônico, o soul Tapete da Sala e Haja o que Houver - tema do grupo português Madredeus, que ganhou arranjo de cordas por Swami Jr.
VANUSA SANTOS FLORES
Vanusa
MPB, Saravá Discos, CD com 10 faixas, R$ 24,90 e canais de streaming.
Cotação: 3 de 5