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Crime no Réveillon

Suspeito nega participação na morte de PM em Tramandaí

Soldado Maysson Fagundes da Silva foi morto na madrugada do dia 1º, durante a festa de Ano-Novo em Tramandaí

02/01/2016 - 17h44min

Atualizada em: 02/01/2016 - 17h44min


Cid Martins
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Reprodução / Arquivo pessoal

Um dos suspeitos de envolvimento na morte do policial militar Maysson Fagundes da Silva, durante o Réveillon em Tramandaí, foi interrogado por cerca de uma hora neste sábado. Nelson José Paiano, 19 anos, negou participação do crime. A polícia ainda faz buscas a outros três suspeitos do crime.

Paiano foi preso nesta sexta-feira em Alvorada e conduzido para o litoral logo em seguida. Na presença de um advogado, ele afirmou que estava em Alvorada durante o Réveillon e que tem testemunhas, e até uma gravação em vídeo, para comprovar que não passou a virada do ano na praia onde o policial foi morto. Ele teve a prisão temporária decretada e está no Presídio de Osório.

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Segundo o delegado Paulo Perez, que investiga o crime, Paiano foi preso pelo policial morto no dia 22 de novembro e ficou apenas três dias detido. A polícia apura se o motivo do assassinato seja uma represália ao trabalho do PM.

Outros três suspeitos estão sendo procurados por participação no crime. Eles foram identificados através de testemunhas após o registro de uma selfie feita minutos antes de o PM ser baleado durante o Réveillon de Tramandaí. A imagem foi publicada nas redes sociais. Buscas são feitas para tentar localizar e ouvir os suspeitos.

- Quem souber qualquer informação sobre o paradeiro, ligue para a BM ou para a Polícia Civil - disse o delegado, ao ressaltar que um deles seria, inclusive, o atirador.

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A polícia também informou que as câmeras de segurança da praia não registraram o crime. O equipamento gira 360 graus e captou somente momentos antes e depois do assassinato.

Maysson Fagundes da Silva foi morto com um tiro na cabeça quando comemorava a virada do ano com amigos na beira da praia, em Tramandaí.

Bala perdida

A polícia também instaurou um segundo inquérito envolvendo a morte do soldado. Segundo o delegado, um amigo do policial confessou, em depoimento, que disparou seis vezes em meio à multidão durante o Réveillon para tentar acertar os suspeitos em fuga. O homem pegou a arma do PM que morreu, logo depois dele ter sido baleado.

Perez destaca que foi uma ação temerária e que pode ter causado ferimentos em uma adolescente de 16 anos. Menos de cinco minutos após o disparo contra o policial, a jovem foi vítima de uma bala perdida no mesmo local.

A polícia aguarda resultado pericial na arma do PM para saber se o tiro que atingiu a adolescente foi dado pelo amigo do brigadiano. Se confirmado, ele vai responder por tentativa de homicídio com dolo eventual, por assumir o risco da ação.


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